RESPOSTAS MORFOFISIOLÓGICAS, METABOLÔMICAS E TRANSCRITÔMICAS EM Portulaca oleracea L. e Gliricidia sepium (Jacq.) Steud. SOB ESTRESSE SALINO
Estresse abiótico. Portulaca oleracea L. Gliricidia sepium (Jacq.) Steud. Tolerância a salinidade.
As regiões áridas e semiáridas de diversas parte do mundo são predominantemente afetadas pela salinidade. Na região semiárida do nordeste brasileiro, a irregularidade de chuvas é um fator limitante para a agricultura. Além dos episódios de seca, os solos dessa região são propensos à salinização e existe uma grande disponibilidade de águas subterrâneas salinas. Nesse sentido, a agricultura biossalina surge como uma estratégia potencial para a região, podendo modificar a realidade de pequenos agricultores. Com base nisso, duas plantas foram escolhidas para verificar o seu comportamento diante do estresse salino Portulaca oleracea L. (beldroega) e Gliricidia sepium (Jacq.) Steud. (gliricídia). Beldroega chama a atenção por ser uma espécie halófita capaz de suportar estresse salino moderado sem grandes perdas de biomassa e gliricídia apresenta potencial forrageiro sob irrigação com água salina ou salobra. Entretanto, a caracterização morfofisiológica, metabolômicas e transcritômicas da resposta dessas espécies quando submetida ao estresse salino embora já tenha despertado interesse, ainda é incipiente. Dessa forma, objetivou-se com este estudo avaliar as respostas morfofisiológica, metabólicas e transcritômicas de beldroega e gliricídia quando submetidas ao estresse salino. Inicialmente, houve uma caracterização da resposta morfofisiológica das duas espécies, para verificar os níveis de tolerância à salinidade. Em seguida, foram avaliados os perfis metabólico e transcritômico das mesmas. Os resultados obtidos com o presente estudo irão contribuir para a identificação de genes envolvidos com a tolerância a salinidade e também com a compreensão de mecanismos de respostas de plantas à salinidade.