Polifenol Oxidase em cana-de-açúcar: RNAi como uma ferramenta para reduzir o escurecimento enzimático pós-processamento.
Produção de Açúcar, Escurecimento Enzimático, Polifenol Oxidase, RNAi
O escurecimento enzimático resultante do processamento da cana-de-açúcar é um problema para agroindústria, por onerar os custos de produção com processos de clarificação. A oxidação de compostos fenólicos em quinonas e a produção de melaninas por meio da polifenol oxidase (PPO) e peroxidase (POD) dão origem a uma cor escura caldo extraído da cana-de-açúcar. No caldo são encontrados uma diversidade de compostos fenólicos, principais substratos para as PPO e POD, que tende a escurecer imediatamente após a extração, esse escurecimento é atribuído principalmente a PPO em algumas variedades. A presença desses pigmentos escuros é indesejada pela indústria açucareira, pois impedem a formação de cristais de sacarose e por consequência resultando em menores rendimentos de açúcar, qualidade inferior no produto final e maiores custos de refino. O conhecimento da ação da PPO em cana-de-açúcar, fornece um panorama para o desenvolvimento de novas cultivares baseadas em biotecnologia vegetal, que por meio de transformação genética empregando a técnica de RNAi reduza a expressão da PPO. A redução da expressão da PPO e por consequência de sua ação que contornar os danos e custo gerados para a agroindústria pelo escurecimento enzimático mediado pela PPO.