“Respostas morfofisiológicas, metabolômicas e transcriptômicas do dendê (Elaeis guineensis) aos estresses abióticos de seca e salinidade.”
Elaeis guineensis, estresse salino, estresse de seca, dendê, RNAseq, metabolômica, fenômica, transcritômica.
A palma de óleo (Elaeis guineensis) é uma monocotiledônea da família Arecaceae, que possui um fruto oleaginoso de grande importância econômica. Atualmente, a palma de óleo é a espécie mais importante na produção de óleo vegetal, uma vez que possui o maior rendimento e produtividade quando comparado com outras espécies como soja, girassol e mamona. A estimativa do aumento populacional em 30% até o ano de 2050 traz consigo um dos cenários mais desafiadores para a agricultura mundial: garantir a segurança alimentar e o sinergismo entre a produção mundial de alimentos e o uso consciente dos recursos naturais. O óleo vegetal é um dos produtos que também seguem esta tendência de aumento, uma vez que está inserido em diversos setores da indústria, porém, alguns fatores como o estresse abiótico em plantas podem prejudicam reduzir a produtividade das culturas agrícolas. Dois dos estresses abióticos que ameaçam a segurança alimentar do planeta são a salinidade e a seca, e a resposta ou adaptação das plantas a estes estresses podem ocorrer em diferentes níveis organizacionais: molecular, celular, fisiológico e/ou bioquímico. As análises baseadas em tecnologias de genômica funcional como transcritômica e metabolômica, aumentaram a compreensão das complexas redes regulatórias associadas à adaptação e tolerância ao estresse. De forma paralela, a fenômica vem atuando e dando maior credibilidade aos estudos que envolvem a fisiologia das plantas, aproximando de forma conexa, genótipo e fenótipo. Assim sendo, a presente tese foi baseada em uma sucessão de estudos que integraram diferentes ferramentas ômicas para o entendimento das respostas da palma de óleo ao cultivo em condições de estresse de seca e estresse salino. No primeiro capítulo foi feita uma contextualização geral sobre a palma de óleo e a problemática mundial de segurança alimentar atrelada aos estresses abióticos que afetam as grandes produções agrícolas. No capítulo 2, plantas de palma de óleo foram submetidas ao estresse de seca, a partir de um rigoroso controle e monitoramento diário dos níveis hídricos, visando obter a caracterização morfofisiológica e de transcritômica das plantas em resposta aos diferentes níveis de estresse. O terceiro capítulo teve como principal objetivo o estabelecimento de uma metodologia e a validação de um protocolo de aplicação e monitoramento de estresse salino em plantas de palma de óleo, por meio da avaliação comparativa das respostas morfofisiológicas de plantas em diferentes níveis de estresse. E por fim, no capítulo 4, temos as análises de metabolômica e transcritômica em plantas de palma de óleo em diferentes níveis estresse salino, obtidas a partir dos experimentos do capítulo 3.