EFEITO DO ÁCIDO SALICÍLICO EM SEMENTES DE Eucalyptus saligna SOB ESTRESSE ABIÓTICO
semente florestal; regulador de crescimento; eucalipto.
O gênero Eucalyptus possui uma grande variedade de espécies e uma ampla distribuição espacial, o que caracteriza a boa adaptação a variados ambientes. No Brasil apresenta alta produtividade, sendo utilizada principalmente para a produção de celulose e carvão vegetal. Sobretudo, apesar da alta adaptação e produtividade, algumas espécies podem ter seu desempenho afetado por fatores ambientais. As respostas das plantas a estresses são mediadas por hormônios vegetais, dentre os quais, o ácido salicílico apresenta importante papel na resposta a estresses bióticos e abióticos. Evidências apontam que esse hormônio está envolvido na regulação de compostos como as espécies reativas de oxigênio (EROs), que são essenciais no desencadeamento de uma resposta de tolerância. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do tratamento das sementes de Eucalyptus saligna com ácido salicílico, durante a germinação, em condições de estresse térmico, hídrico e salino. O experimento consistiu em incubar as sementes em diversas condições: com diferentes temperaturas (10°C, 25°C e 35°C); diferentes potenciais hídricos de PEG (-0.2, -0.4 e -0.6MPa); diferentes concentrações de ácido salicílico (0, 0.025, 0.1, 0.5 e 1 mM) e NaCl (50mM, 100mM, 200mM). A germinação foi avaliada diariamente, durante 10 dias, utilizando como critério de germinação a protrusão da radícula (≥1mm). A partir dos dados de germinação diária foi realizado o cálculo da velocidade (t50) e uniformidade (CUG) da germinação. Além disso, através da quantificação de MDA, do nível de peróxido (H2O2) e da atividade enzimática das principais enzimas do sistema antioxidante (CAT, SOD e APX), os processos bioquímicos do tratamento com AS sob estresse salino foram avaliados. De maneira geral, o tratamento associado com ácido salicílico acentua o efeito deletério do estresse, afetando o percentual de germinação nos tratamentos.