ESTUDO DA ETIOLOGIA DO AMARELECIMENTO FATAL (AF) POR MEIO DO RNA-seq E ANÁLISE INTEGRATÔMICA SOBRE A RESPOSTA AO ESTRESSE SALINO EM DENDEZEIRO (Elaeis guineensis Jacq.)
Estresse abiótico; fitopatógeno; ômicas
O dendezeiro (Elaeis guineensis) é a oleaginosa de maior produtividade conhecida, e o Brasil tem aproximadamente 32 milhões de hectares propícios ao seu cultivo. O Amarelecimento Fatal (AF), uma doença de etiologia desconhecida, tem gerado perdas significativas em plantios comerciais impactando diretamente na produtividade. Outro fatore apontado como potencial limitador da expansão do cultivo do dendezeiro no país são é o estresse salino, responsável por afetar negativamente o desenvolvimento de culturas sensíveis. As tecnologias ômicas, tais como a proteômica, transcritômica e metabolômica tem contribuído para compreensão de vias e componentes celulares envolvidos nas respostas das plantas ao estresse salino e, também, têm sido aplicadas para compreender a interação planta/patógeno. Portanto, objetiva-se com o presente estudo realizar uma integração conceitual e estatística de dados ômicos para caracterizar a resposta do dendezeiro ao estresse salino. Para isso, serão utilizados dados gerados de metaboloma não direcionado (UHPLC-MS), proteoma (LC-MS e transcritôma (Hiseq 2500) de folhas jovens de dendezeiros submetidos a aplicação direta de NaCl, com concentrações de 0,0 (controle) e 2g por 100g de substrato e coletadas aos 5 e 12 dias: quatro repetições biológicas seguindo o critério de amostras divididas. Em um segundo momento, pretende-se avaliar diferentes tecidos de dendezeiros (raiz, caule e folha) sintomáticos e assintomáticos para o AF por meio da técnica de RNA-seq a fim de prospectar um possível agente causal biótico. O presente estudo pretende fornecer elementos que possam ser utilizados em estratégias biotecnológicas para aumentar a produtividade e área do cultivo do dendezeiro no país.