EFEITOS DA PAPAÍNA E QUITOSANA NO CRESCIMENTO DE Phaseolus vulgaris E SUA AÇÃO NEMATICIDA SOBRE Meloidogyne incognita
Phaseolus vulgaris, papaína, quitosana, Meloidogyne incognita, controle bioquímico
O feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) é uma cultura estratégica para a segurança alimentar, especialmente no Brasil, onde a cultivar carioca predomina. No entanto, sua produtividade é frequentemente comprometida por estresses bióticos, como o fitonematoide Meloidogyne incognita. Neste contexto, bioinsumos naturais como a papaína e a quitosana emergem como alternativas sustentáveis para promoção do crescimento e controle de patógenos . Este estudo foi estruturado em três etapas. O primeiro experimento demonstrou que a papaína (20%) atua como modulador fisiológico exógeno, promovendo incrementos significativos no diâmetro do caule (+7,3%) e na massa seca da parte aérea (+34,9%), com variações dependentes da via de aplicação. Tendências bioquímicas sugerem modulação do metabolismo redox e ativação de vias secundárias de defesa, como indicado pela redução da atividade de catalase (−69%) e pelo aumento de fenóis totais. As próximas fases investigarão a eficácia da quitosana (2%) e da combinação quitosana-papaína no desenvolvimento do feijoeiro sob infecção artificial por M. incognita, bem como sua ação nematicida direta. Serão avaliados parâmetros morfofisiológicos, bioquímicos e fitossanitários, incluindo número de galhas, ovos e juvenis, além do índice de reprodução do nematoide. Os resultados esperados poderão validar o uso integrado de papaína e quitosana como ferramentas promissoras no manejo sustentável da cultura, conciliando bioestimulação e controle bioquímico.