CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E MORFOLÓGICA DA CASCA DE CAFÉ E SUAS CINZAS E SUA COMPATIBILIDADE EM MATRIZES CIMENTÍCIAS
cinzas da casca do café, matrizes cimentícias, substituição, material suplementar.
A presente pesquisa visa a investigação do Potencial de aplicação das cinzas da casca do café como aditivo em matrizes à base de cimento, devido a abundância de resíduos da produção cafeeira no Brasil, sua composição química-fisico e morfológica presente em sua composição e pesquisas restritas na Indústria do Cimento com a possibilidade de incorporação deste material como aditivos. Como primeiro passo, as cascas passaram por tratamento térmico com temperatura de 500°C, 600°C, e 800°C, com intuito de garantir a redução de picos dos elementos cristalinos e uma possível amorfização destes produtos caracterizadas por meio do Ensaio de Difração de Raio-X. A técnica de Fluorescência de Raio-X, foi aplicada para avaliar a composição química das cinzas produzidas. Assim, os compósitos foram preparados, com proporções de 5, 10, 15, 20, 25% e pasta de referência à fim comparativo, para avaliar o calor de hidratação, por meio do ensaio de Calorimetria Semi-Adiabática, nas primeiras 48h de hidratação, e Método Chapelle modificado, com objetivo de investigar a reatividade das cinzas nas pastas.
Como resultados, as cinzas com a maior tendência ao amorfismo e menor gasto energético, são as cinzas preparadas com temperatura de 600°C por 3 horas. No ensaio de a maior quantidade de cinzas, apresenta a maior reatividade, em que acelera as reações nas 24h iniciais de cura das pastas, porém no Ensaio de Fixação de Carbono, o resultado não alcançou o mínimo exigido pela norma. Portanto, as cinzas da casca do café, aplicadas à matrizes cimentícias, deverão ser, ainda mais, investigadas para seu uso como Material Cimentício Suplementar.