ENGENHARIA E CARACTERIZAÇÃO DE BLOCOS DE ALVENARIA CONFECCIONADOS A PARTIR DE MATERIAIS LIGNOCELULÓSICOS E RESÍDUOS DE MINERAÇÃO
construção civil, materiais sustentáveis, partículas vegetais
É crescente a busca por novos materiais que possam reunir características melhoradas em relação aos materiais comumente utilizados. Nesse sentido os materiais compósitos surgem como uma solução possível, pois utiliza uma matriz e um reforço para obter-se um novo produto que reúna as melhores características do que os materiais que o compõem individualizados. Considera-se blocos cimentícios como compósitos visto que possuem uma fase matriz (cimento) e uma fase reforço (agregados). A construção civil é uma indústria altamente poluidora, e qualquer iniciativa visando a utilização de materiais alternativos, é positivo. Nesse sentido, o presente trabalho visa produzir blocos cimentícios, utilizando materiais alternativos, como o pó de quartzito, em substituição à uma parte da areia utilizada na produção dos blocos. Além disso, foram utilizados dois tipos de fibras de madeira: rejeitos de UKP e fibras de Hevea brasiliensis. A utilização dessas fibras visa melhorar a resistência dos blocos, de forma a costurar as pequenas fissuras que possam surgir nos blocos durante seu uso. Além da fibra in natura, foram utilizados três tratamentos, visando melhorar a qualidade das fibras utilizadas. Os tratamentos foram: imersão em água quente, ‘baba de cupim’ e sulfato de alumínio. Nos resultados parciais obteve-se que o elemento de maior proporção na caracterização do quartzito foi o ferro (70,15%), seguido pelo cálcio (9,78%), manganês (7,18%) e cobre (6,24%). Na caracterização da H. brasiliensis, obteve-se que a densidade básica é de 0,5681 g.cm-3 e para porosidade 0,6311. Quando a análise química obteve-se os teores de holoceluloses (74,6%), lignina (19,75%), extrativos (4,36%), cinzas (1,30%), hemiceluloses (15,59%) e celulose (59%). Quanto ao teor de umidade dos blocos, houve diferença significativa entre os tratamentos com uso de fibras de seringueira, sendo o melhor resultado quando as fibras foram tratadas com sulfato de alumínio. Para as fibras de UKP não houve diferença significativa entre os tratamentos. Já para a absorção de água não houve diferença significativa. Para resistência à compressão, houve diferença significativa apenas nos blocos produzidos com seringueira.