BIOAGREGADOS INTELIGENTES: INCORPORAÇÃO DE MATERIAIS DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA TERMICA EM PARTICULAS LIGNOCELULOSICAS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL
PCM, Madeira, concreto, construção civil, eficiência energética.
A utilização de material de mudança de fase (PCM, do inglês: Phase Change Material) vem ganhando destaque em pesquisas correlacionadas a eficiência energética devido sua capacidade de armazenamento de energia. Nos últimos anos, foram produzidas diversas pesquisas relacionadas ao desenvolvimento e aplicação dos PCM’s em diversas áreas como construção civil, sistema solar, armazenamento a frio, entre outras. Por meio desse trabalho, objetiva-se avaliar bioagregados com capacidade de armazenamento de energia térmica e sua aplicação em matriz cimentícia. Para isso, foram obtidas madeiras de Pinus, Eucalipto, Paineira e Cactos como materiais lignocelulósicos, materiais de mudança de fase comerciais Crodatherm 24, e naturais, óleo de coco e macaúba, borrachas de estireno butadieno carboxilada e de acrilonitrilo butadieno carboxilado, e cimento CPV ARI também foram obtidos. A produção dos bioagregados se deu pela incorporação do PCM na porosidade da madeira e revestida com borracha. Para isso, as madeiras foram reduzidas a partículas com moinho de martelo e classificadas como agregados com o auxílio de peneiras. A saturação das partículas com PCM foi por imersão em condições de vácuo e então revestida com borracha por imersão e secagem em sala climatizada. Os compositos produzidos foram com 50% do volume de bioagregado e 50% de argamassa. Para as avaliações dos materiais foram realizados analises térmicas, teste de esferas DKK (dynamische kugel kalorimetrie), Varredura diferencial calorimétrica (DSC: Differential Scanning Calorimetry), infravermelho (Espectroscopia Infravermelho de Reflexão Total Atenuada ATR-IR), ensaios mecânicos de flexão e compressão, e obtidas imagens por microscópio eletrônico e microscópio eletrônico de varredura (MEV). As madeiras apresentaram saturação de PCM de 45 a 80% aproximadamente. A caracterização dos materiais por ATR-IR apresentaram estabilidade química. O compósito com bioagregado de cactos apresentou eficiência energética por meio da análise DKK, contudo os compósitos produzidos com bioagregado de Pinus e Paineira apresentaram rachaduras, comprometendo as analises, sendo assim, pretende-se encontrar a causa e as alternativas das rachaduras.