LUMINOSIDADE NO CULTIVO IN VITRO DE Mentha pulegium L. (LAMIACEAE): IMPACTOS NO CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DE CONSTITUINTES QUÍMICOS VOLÁTEIS E FENÓLICOS
poejo, intensidade de luz, qualidade espectral de luz, pulegona.
Mentha pulegium L. (Lamiaceae), conhecida como “poejo”, é citada na lista de interesse de plantas medicinais (RENISUS). Possui fitoquímica complexa, incluindo compostos fenólicos e voláteis, responsáveis por diversas propriedades biológicas como acaricida, inseticida, antiviral e antimicrobiana. A intensidade e a qualidade espectral da luz podem causar modificações na totipotência das células vegetais, atingindo respostas estruturais e químicas. Objetivou-se avaliar o efeito da intensidade e da qualidade de luz no crescimento in vitro, na composição volátil e nos teores de pigmentos fotossintetizantes e fenólicos de plântulas de M. pulegium. Segmentos apicais foram excisados de plantas matrizes cultivadas em canteiro no Horto de Plantas Medicinais da UFLA, desinfestados em água corrente (30 min), seguido por imersão em solução de hipoclorito de sódio comercial a 50 % (v/v) por 15 min, sob agitação constante. Estes foram estabelecidos e multiplicados em meio básico MS (Murashige & Skoog, 1962) até obtenção dos propágulos necessários para a instalação dos experimentos. Segmentos nodais (1cm) foram excisados das plântulas pré-estabelecidas foram inoculados em tubos contendo 15 mL de meio MS, suplementado com 3 g L-1 de sacarose e 5,5 g L-1 de ágar. Dois experimentos independentes foram instalados. O primeiro experimento compreendeu 5 tratamentos de diferentes intensidades luminosas: 26, 51, 69, 94 e 130 μmol m-2 s-1 e o segundo 6 tratamentos de qualidade espectral da luz: azul, vermelho; 1azul:2,5vermelho; 2,5azul:1vermelho; 1azul:1vermelho; branco. Após 30 dias, foram realizadas as análises de crescimentos, pigmentos fotossintetizantes, compostos fenólicos e flavonoides, e compostos voláteis. As intensidades 69, 94 e 130 μmol m-2 s-1 tiveram maiores acúmulo de biomassa e teores de pigmentos fotossintetizantes, fenólicos e flavonoides. O constituinte majoritário pulegona foi encontrada em todos os tratamentos, sem variações quantitativas significativas (76-77%). Sob os espectros luminosos, a luz azul e combinação 1A:1V, demonstraram melhores valores biométricos. A luz azul monocromática promoveu o acúmulo de pulegona (80,64%) e a vermelha monocromática a sua diminuição (72%). Portanto, o cultivo in vitro de Mentha pulegium deve ser conduzido em intensidades de luz na faixa de 69 a 130 μmol m-2 s-1 ou sob luz LED azul monocromática.