Mortalidade das grandes árvores: a atuação silenciosa do clima da dinâmica florestal
A mortalidade de árvores tem sido amplamente relatada em trabalhos de dinâmicas florestais, nos quais tem-se dado atenção especial àquelas que apresentam maior porte dentro da floresta. Porém, não são encontrados registros de trabalhos que tenham como objetivo avaliar como se dá a dinâmica das maiores árvores de cada espécie existente em determinado tipo florestal, seja ela uma espécie de grande ou pequeno porte. Partindo deste princípio, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a mortalidade das maiores árvores de cada espécie em diferentes áreas florestais do estado de Minas Gerais, compreendendo Florestas Estacionais Deciduais, Semideciduais e Ombrófilas, e qual a relação desse fenômeno com as condições climáticas (precipitação, temperatura e déficit hídrico climatológico máximo anual) dessas áreas. Como resultado, foi possível listar as 20 espécies que mais estão correndo risco de mortalidade e as 20 que menos correm esse risco, em cada tipo de floresta. Além disso, os resultados também mostraram que as condições climáticas influenciam de forma diferente a mortalidade de árvores de espécies de maior porte, em relação às de menor porte, o que também difere entre os tipos florestais estudados.