Tolerância ao déficit hídrico em genótipos de girassol (Helianthus annuus L.) modulado pelas características anatômicas e conteúdo de prolina foliar
Anatomia foliar, trocas gasosas, produtividade, déficit hídrico
O girassol (Helianthus annuus L., Asteraceae) é uma cultura na qual a sua produtividade é afetada pela disponibilidade de água no solo. Avaliar as características que contribuem com a tolerância ao déficit hídrico é essencial para o potencial produtivo da cultura. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi avaliar as características de desenvolvimento, fisiológicas, anatômicas e conteúdo de prolina em folhas de quatro genótipos de girassol sob déficit hídrico. O experimento foi desenvolvido em esquema fatorial 2x4 (duas condições hídricas e quatro genótipos), com seis repetições e uma planta por vaso. As condições hídricas foram: plantas bem irrigadas – WW (100% da capacidade de campo) e déficit hídrico – WD (40% da capacidade de campo). Os genótipos de girassol testados foram: OLISUN03, AGUARÁ06, BRS323 e HÉLIO250. O déficit hídrico promoveu redução no desenvolvimento, bem como massas secas da parte aérea e raízes dos genótipos de girassol. Na condição de déficit hídrico, ocorreram mudanças na morfologia e densidade estomática, refletindo na redução da condutância estomática, transpiração e concentração interna de CO2. Nessas condições, ocorreram um melhor uso eficiente da água, eficiência instantânea de carboxilação, aumento na área do espaço intercelular e câmara subestomática, área do colênquima e incremento de conteúdo de prolina. Verificamos que as características anatômicas e conteúdo de prolina, modulam e permite uma eficiência nas trocas gasosas para todos os genótipos. Foram observadas características no genótipo HÉLIO250 que indicam maior tolerância ao déficit hídrico.