A TRIBO VERNONIEAE E UMA NOVA ESPÉCIE DE WEDELIA (ASTERACEAE) NO COMPLEXO DE SERRAS DA BOCAINA-CARRANCAS E OURO GROSSO – MINAS GERAIS
Aspilia, Compositae, Campo Rupestre, taxonomia, Vernonia.
A maior família de plantas com flores dentre as eudicotiledôneas, as Asteraceae, possui distribuição por quase todo planeta e em todos os tipos de habitats, no entanto são nos ambientes abertos, como os campos onde é possível encontrar sua maior diversidade. O presente trabalho teve como objetivo o tratamento taxonômico de uma das tribos mais diversas dentro da família Asteraceae, a tribo Vernonieae, nas serras quartizíticas da Bocaina, Carrancas e Ouro Grosso, região do Campo das Vertentes, centro sul de Minas Gerais. A região que apesar de estar inserida no domínio da Mata Antlântica, devido à proximidade com o domínio do Cerrado, sofre influência direta da composição deste Bioma e com isso, diversos fisionomias vegetacionais típicas do Cerrado podem ser observadas, dentre elas os Campos Rupestres. As serras da região são repletas de campos graminosos circundando afloramentos de quartizíto nas porções mais elevadas, e Cerrados, Campo Sujos, Florestas Estacionais e de Galeria nas porções menos elevadas. Além do tratamento taxonomico da tribo Vernonieae, foi descoberta uma nova espécie dentro da tribo dos girassóis (Heliantheae) aqui descrita como Wedelia multiaristata. No total, além da espécie nova, 52 espécies e da tribo foram encontradas e descritas. Os gêneros com maior riqueza foram Lessingianthus com 12 espécies, seguido de Chrysolaena, Lepidaploa e Eremanthus com cinco espécies cada. Os gêneros Centratherum, Hololepsis e Lychnophora apresentaram apenas uma espécie cada. Os campos rupestres, cerrados e campos limpos foram os habitats com maior riqueza.