USO DA REALIDADE VIRTUAL E DA ELETROENCEFALOGRAMA NO MONITORAMENTO EMOCIONAL APLICADO À SAÚDE MENTAL
Personalização terapêutica, Biofeedback cerebral, Aprendizado de máquina,
Ambientes imersivos
Em um contexto mundial caracterizado pelo aumento dos transtornos mentais e pela procura
por terapias mais acessíveis, efetivas e focadas no paciente, a tecnologia tem se mostrado uma
parceira promissora para a saúde mental. Uma das inovações emergentes é a utilização da
Realidade Virtual (RV) combinada com a Eletroencefalografia (EEG) para expandir as opções
de diagnóstico e tratamento. O estudo objectivou-se analisar os sinais extraídos de um EEG
para relacionar as emoções de um usuário com uso de diferentes cenários de realidade virtual.
O estudo inicia-se com uma revisão sistemática da literatura científica, orientada pelos critérios
PRISMA, em bases como Scopus, PubMed e IEEE Xplore, com o objetivo de identificar as
mais recentes evidências sobre a aplicação terapêutica dessas tecnologias. Simultaneamente,
realizar-se-á uma análise experimental através da coleta de sinais cerebrais durante a imersão
de voluntários em ambientes virtuais com variados graus de complexidade sensorial. As ondas
cerebrais obtidas serão tratadas através de métodos de análise espectral e analisadas com a ajuda
de algoritmos de aprendizado de máquina, permitindo a detecção de padrões emocionais ligados
a situações como estresse, ansiedade e relaxamento. Os achados sugerem que ambientes virtuais
ajustados em tempo real com base na reação cerebral dos utilizadores estimulam um maior
envolvimento emocional e melhores resultados terapêuticos. Esta perspectiva indica um futuro
promissor na aplicação de tecnologias imersivas na área da saúde mental, unindo sensibilidade
clínica à inteligência artificial e ao design interativo