Pagamentos por Serviços Ambientais em propriedades cafeeiras da região Campo das Vertentes, MG
Palavras-chave: Conservação da Biodiversidade, Agricultura Sustentável, Geotecnologias
Ao buscar formas de proteção e, mesmo de uso sustentável da biodiversidade brasileira, é importante destacar, na legislação ambiental, a Lei Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012 (Código Florestal), e a Lei Nº 14.119, DE 13 DE JANEIRO DE 2021 que institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais promovendo diretrizes para beneficiar e proteger ecossistemas e serviços ambientais. No cenário de crescimento econômico, a agricultura brasileira tem incorporado tecnologias sustentáveis, desempenhando um papel crucial para auxiliar na proteção da diversidade biológica. O Brasil possui uma relação histórica com o café, sendo o sul de Minas Gerais uma região reconhecida por sua significativa produção de café de qualidade. Este estudo objetificou identificar e quantificar propriedades cafeeiras com potencial para receber Pagamentos por Serviços Ambientais utilizando geotecnologias e dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Este estudo oferece uma análise abrangente de 972 propriedades rurais no município de Santo Antônio do Amparo. Cidade localizada em Minas Gerais e concentra-se na região do Campo das Vertentes. Através de dados cruzados do CAR com mapas e vetores do projeto "Caracterização ambiental da região do Campo das Vertentes de Minas Gerais para a Indicação Geográfica de cafés especiais," realizado pela Embrapa Café e Consórcio Pesquisa Café inseridos no software QGIS, foi possível observar uma conscientização notável por parte dos produtores, com 220 propriedades associando cultivos de café a elementos como Reserva Legal, Vegetação Nativa e Olho d’água. Contudo, as associações entre propriedades e elementos ambientais são complexas, destacando a predominância da Reserva Legal em comparação com fragmentos separados de Vegetação Nativa.