SAÚDE MENTAL DOS SERVIDORES DE UMA INSTITUIÇÃO DE NÍVEL SUPERIOR NO SUL DE MINAS GERAIS E AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE GESTÃO DE PESSOAS
gestão de pessoas; saúde mental; políticas públicas; Instituição de Ensino Superior (IES)
Esta pesquisa investigou as estratégias de gestão de pessoas com ênfase na saúde mental dos servidores de uma Instituição de Ensino Superior (IES) no sul de Minas Gerais. O estudo aborda os avanços e transformações globais e o papel da gestão de pessoas em conciliar as mudanças do mercado, transpondo com coerência, para os atores organizacionais, principalmente os servidores públicos. O foco é compreender como as estratégias têm sido organizadas e aplicadas nesse contexto dinâmico. Por sua vez, esta pesquisa destacou como são aplicadas as políticas públicas dentro da saúde mental pelo setor e seus impactos no bem-estar dos trabalhadores. O estudo tem como objetivo geral compreender de forma sistematizada essas ações de promoção e cuidados com relação à saúde mental desses trabalhadores, descrevendo protocolos existentes e propondo melhorias baseadas em necessidades observadas. Utilizando métodos qualitativos, foram realizadas análises documentais e entrevistas semiestruturadas, por meio de análise de conteúdo, que evidenciaram desafios, como escassez de profissionais, sobrecarga de trabalho e falta de estrutura sistematizada e articulada, no que diz respeito à gestão de pessoas com ênfase na saúde mental de servidores públicos. A pesquisa envolve quatro categorias de conteúdo centrais: desafios na gestão de saúde, impacto da saúde mental no trabalho, soluções e iniciativas e percepções sobre adoecimento e aposentadoria. Embora iniciativas como capacitações e parcerias interdisciplinares tenham sido propostas, ausência de políticas sistematizadas e a discussão no nível de planejamento estratégico limitam sua efetividade. Os resultados sugerem a necessidade de ampliar o quadro profissional, integrar práticas preventivas e estabelecer políticas bem delimitadas para atender às demandas crescentes. Conclui-se que, apesar de esforços pontuais, há lacunas a serem preenchidas para consolidar uma gestão de pessoas mais humanizada, estratégica e eficaz, que promova a saúde mental de forma abrangente e analítica.