Banca de DEFESA: MARIANA RAQUEL DE OLIVEIRA ANDRADE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIANA RAQUEL DE OLIVEIRA ANDRADE
DATA: 08/07/2025
HORA: 16:00
LOCAL: ONLINE
TÍTULO:

 

PALAVRAS-CHAVES:

teletrabalho; programa de gestão e desempenho; desafios; administração pública. 

PÁGINAS: 115
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
SUBÁREA: Administração Pública
ESPECIALIDADE: Administração de Pessoal
RESUMO:

A presente pesquisa teve como objetivo analisar a implementação do Programa de Gestão e
Desempenho na modalidade de teletrabalho na Universidade Federal de Lavras (UFLA).
Realizou-se uma pesquisa quali-quantitativa, a partir de um estudo de caso com a aplicação de
questionário aos servidores técnicos administrativos em teletrabalho e entrevistas
semiestruturadas com os gestores envolvidos diretamente no processo. Para a análise do
questionário foi utilizada a estatística descritiva e para as entrevistas a análise de conteúdo. Os
resultados demostram que a adoção do Programa de Gestão e Desempenho (PGD) na UFLA foi
motivada por fatores como a modernização da administração pública, a pressão interna dos
servidores após a regulamentação federal do teletrabalho e a experiência prévia durante a
pandemia. No entanto, a implementação enfrentou desafios relacionados à supervisão remota, à
ausência de normatização interna clara, à falta de critérios objetivos de adesão e
acompanhamento e a obstáculos culturais e técnicos à gestão por resultados. A análise
quantitativa confirmou esses resultados e trouxe a visão dos servidores sobre a experiência com
o PGD. Entre os principais benefícios percebidos estão a redução de gastos com transporte,
melhoria na qualidade de vida, maior flexibilidade de horários e autonomia nas tarefas. Apesar
disso, o estudo revelou dificuldades como a necessidade de investimento pessoal em
infraestrutura e a ausência de capacitação institucional para o teletrabalho. No campo da gestão,
observou-se um avanço na cultura orientada a resultados, com uso de metas e percepção de
aumento da produtividade e da qualidade do trabalho. Contudo, persistem preocupações quanto à
integração com colegas presenciais e à percepção de avaliações diferenciadas. Por fim, a ampla
adaptação dos servidores ao modelo e a forte preferência pela continuidade do teletrabalho
indicam que, quando bem estruturado, o PGD pode atender às expectativas da força de trabalho,
favorecendo seu engajamento e permanência na instituição. Ao mesmo tempo, oferece à gestão
pública subsídios para avaliar resultados, alinhar metas organizacionais e aperfeiçoar políticas de
teletrabalho e gestão de pessoas. Os resultados da pesquisa também evidenciam que a efetividade
do teletrabalho depende da integração consistente entre infraestrutura e tecnologia, planejamento,
cultura organizacional e práticas de gestão de pessoas. A ausência dessa articulação pode
comprometer tanto o desempenho institucional quanto a qualidade da experiência de trabalho dos
servidores.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - SUZANNE ÉRICA NÓBREGA CORREIA - UFCG (Suplente)
Externo à Instituição - RAFAEL DOS SANTOS PEREIRA - UFMG (Membro)
Interno - PATRICIA APARECIDA FERREIRA (Membro)
Interno - JANDERSON MARTINS VAZ (Suplente)
Presidente - DANY FLAVIO TONELLI (Membro)