INFLUÊNCIA DE DIFERENTES TIPOS DE FIBRAS NAS 16 PROPRIEDADES DE COMPÓSITOS CIMENTÍCIOS
Matriz cimentícia. Tratamento. Fibras lignocelulósicas. Surfactantes.
O desenvolvimento de compósitos cimentício reforçados com fibras vegetais tem recebido 153 destaque como uma tecnologia alternativa para a produção de novos materiais que proporcione 154 um menor impacto ambiental. A fibra vegetal possui uma baixa interação com a matriz 155 cimentícia, em virtude de seu caráter hidrofílico, sendo necessário a realização de tratamento 156 superficial. Dessa forma, objetivou-se neste trabalho verificar a influência do tratamento 157 químico de fibras vegetais bananeira, eucalipto e sisal nas propriedades de interface com a 158 matriz cimentícia. A mistura de argamassa foi produzida com cimento, calcário agrícola, aditivo 159 ADVA, água e adicionados 3% de fibras na mistura. A condição ideal para realizar o tratamento 160 superficial foi estudada com base em pesquisas anteriores, em que o meio alcalino utilizado foi 161 o hidróxido de sódio (NaOH) % (m/v), aquecido e agitado por 2 h. Avaliou-se os compósitos 162 na densidade básica, absorção de água, porosidade e resistência à compressão axial. Além disso, 163 foi realizada microscopia eletrônica de varredura (MEV) para estudar a morfologia da 164 superfície das fibras vegetais e os compósitos cimentício. A difração de raio-X (DRX) foi 165 realizada para identificar os compósitos cristalinos e análise térmica (TG) para verificar a perda 166 de massa em relação a temperatura nos compósitos com o reforço de fibra in natura e tratadas. 167 Os resultados mostraram que o tratamento alcalino modificou quimicamente a morfologia 168 superficial das fibras, além extrair impurezas, resultando no aumento da rugosidade superficial, 169 o que confere melhor adesão entre fibra e matriz cimentícia, reação de hidratação e cura interna. 170 Através das análises realizadas de MEV, DRX e TG nos compósitos, pode-se verificar melhor 171 capacidade de interação das fibras tratadas com a matriz. Houve uma redução de absorção de 172 água dos compósitos de fibra tratada, esse resultado confirma que o tratamento foi eficiente 173 para melhorar aderência da fibra/matriz. As propriedades de porosidade dos compósitos com 174 fibras in natura apresentaram um aumento expressivo quando comparada as amostras de 175 argamassas com fibras tratadas. Como resultado o compósito se torna mais impermeável, leve 176 e a resistência a compressão dos corpos de prova pode atingir até 28 MPa. Os resultados do 177 tratamento superficial nas fibras melhoraram as propriedades do compósito quando reforçado 178 com fibras tratadas.