Avaliação do processo de Microencapsulação do Ferro através da técnica de Gelificação Iônica utilizando diferentes blendas poliméricas
Alginato,Gelificação Iônica,Ferro,Microencapsulação.
O ferro é um nutriente essencial que pode ser facilmente oxidado pela mudança as condições ambientais. A fortificação, pela adição de compostos de ferro diretamente aos alimentos, vinha sendo estudada como um método para superar a deficiência de ferro. No entanto, esta fortificação introduz problemas como impactos no sabor e na aparência. O encapsulamento reduziu a interação de ferro e oxidantes que causaram alterações sensoriais adversas, e interações inibidoras de ferro limitadas que diminuíram o valor nutricional (Schrooyen et al., 2001).Vários materiais foram relatados como bons encapsulantes, incluindo alginato, um polissacarídeo que consiste em ácidos manurônico e gulurônico (Won et al., 2005). A principal vantagem de usar alginato como matriz de ferro é sua capacidade de formar um semi-sólido estrutura do ácido algínico com condições gástricas. O método utilizado para a microencapsulação do ferro foi a gelificação iônica utilizando o alginato combinado a outros biopolímeros. Para definir as melhores condições de microencapsulação do ferro o trabalho foi realizado em etapas. Foram produzidas emulsões utilizando o alginato, combinado com outros materiais (maltodextrina,amido,ácido ascórbico). Essas emulsões foram caracterizadas e analisadas por análise de absorção atômica, eficiência de encapsulação, morfologia, distribuição de tamanho e perfil de liberação.Todas as formulações apresentaram boa eficiência de encapsulação e apresentaram boa homogeneidade e boa dispersão de gotas (microscopia). Em relação ao perfil de liberação, não houve diferença significativa quanto à estabilidade das microesferas produzidas pelos diferentes métodos. Além disso, o aumento da viscosidade da solução de alginato pela adição de outro biopolímero (Amido ou maltodextrina) induz uma maior eficiência de encapsulação. Com isso, podemos concluir que é possível desenvolver um sistema de liberação controlada eficiente e estável utilizando o alginato e biopolímeros complementares.