CORRELAÇÃO ENTRE A COMPOSIÇÃO CORPORAL E INGESTÃO HABITUAL DE VITAMINA A EM IDOSOS ATIVOS DA COMUNIDADE DE LAVRAS
Envelhecimento. Adiposidade. Composição Corporal. Vitamina A
O processo de envelhecimento traz consigo mudanças fisiológicas que envolvem a alteração gradativa da composição corporal resultando em perda de massa muscular esquelética e ganho de massa gorda. Alterações fisiológicas características do envelhecimento em conjunto com mudanças em hábitos alimentares nessa fase, contribuem com inadequações de ingestão, especialmente de micronutrientes. O estado nutricional em vitamina A pode estar associado à composição corporal. Os mecanismos pelos quais essa associação acontece foram descritos por estudos experimentais. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi analisar a correlação entre a ingestão habitual de vitamina A e a composição corporal de idosos ativos da comunidade de Lavras, Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Lavras, realizado com homens e mulheres com idade ≥ 60 anos, frequentadores de centros de apoio e convívio aos moradores da cidade. Avaliou-se o consumo alimentar pela aplicação de recordatórios de 24 horas e um questionário de frequência alimentar, foi realizada avaliação antropométrica (peso, altura, circunferência da cintura e panturrilha), e composição corporal por impedância bioelétrica. Como resultados, foi identificada eutrofia, em 41,8% dos voluntários segundo o índice de massa corporal e 88,7 % da amostra apresentou percentual de gordura corporal excessiva. Também foi identificada adequada porcentagem de macronutrientes na dieta, distribuídos no valor energético total e alta inadequação de consumo de vitaminas A e B6 (>90%) e minerais como cálcio, magnésio, sódio, potássio, cobre e selênio (>80%). Não foi encontrada correlação entre a ingestão de vitamina A e a composição corporal dos voluntários. Conclui-se que na amostra estudada de idosos da comunidade há elevada inadequação de consumo alimentar de vitamina A e não há correlação entre a ingestão habitual de vitamina A e marcadores da composição corporal. É possível que a baixa ingestão desta vitamina não permita estabelecer demais correlações com parâmetros de composição corporal.