DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D E FERRITINA EM GESTANTES ATENDIDAS PELO SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE DE LAVRAS - MG
Gestantes. Carências Nutricionais. Saúde Pública.
A avaliação de exames bioquímicos torna-se oportuna juntamente com a avaliação do consumo alimentar na gestação, visto que permite identificar situações de risco, como deficiências e excessos nutricionais. O objetivo deste estudo é investigar a prevalência da deficiência de vitamina D e a prevalência de valores insuficientes de ferritina nas gestantes atendidas pela rede pública de saúde de Lavras – MG. Questionários estruturados com informações socioeconômicas, obstétricas e nutricionais foram utilizados para obtenção de dados antropométricos e de consumo alimentar. Foram geradas estimativas de prevalência e razão de prevalência com intervalos de 95% de confiança através da análise de regressão de Poisson. Dentre as 67 gestantes que participaram do estudo, 32,8% apresentaram deficiência de 25-hidroxi-vitamina D e 37,3% níveis insuficientes de ferritina. Foi verificado um consumo semanal de vitamina D inadequado em 58,2% da amostra, sendo o consumo médio estatisticamente (p=0,047) menor em gestantes com deficiência de vitamina D. O consumo semanal de ferro foi inadequado em toda a amostra, tendo associação entre o consumo de feijão (p=0,000) e deficiência de ferritina. A evidência de que mais de um terço das gestantes apresentavam deficiência de vitamina D e baixos níveis de ferritina associada ao consumo inadequado de vitamina D e ferro e o potencial impacto disso na saúde materno-fetal reforçam a necessidade de avaliação regular dessas condições durante o pré-natal, a fim de diagnosticar hábitos alimentares inadequados e a não adesão a suplementação afim de evitar deficiências nutricionais e promover a melhora da qualidade de vida materna infantil.