REPRODUTIBILIDADE DA MEDIDA DA COMPOSIÇÃO CORPORAL POR BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA
Bioimpedância elétrica; Composição corporal; Confiabilidade; Reprodutibilidade; CCI; CV; sexo; condições metodológicas .
A inovação na área da saúde está se expandindo cada vez mais e com possibilidades promissoras, sendo aplicadas no dia a dia nas clínicas, consultórios e hospitais, ajudando assim a melhorar o atendimento e os cuidados com o paciente. A bioimpedância elétrica (BIA), por exemplo, é um aparelho bastante usado por informar sobre a composição corporal do paciente, ajudando o profissional de saúde a tomar decisões no processo de prevenção/tratamento de doenças. Além da facilidade em ser manipulada e aplicada e do baixo custo desse método, é necessário um bom conhecimento do profissional tanto no manuseio do aparelho, quanto na orientação que deveria ser passada ao paciente antes da realização do exame, a fim de minimizar os eventuais erros. Por isso, essa dissertação teve como objetivo, mostrar os fatores determinantes na confiabilidade e reprodutibilidade da avaliação da composição corporal pela BIA em relação ao sexo e o seguimento de protocolos prévios para a realização do exame. Para tanto, a mesma foi dividida em dois capítulos. O Capítulo 1 é um artigo de revisão de literatura que teve por objetivo descrever o uso da BIA, discutir os diferentes tipos de aparelho, apresentar sua ideia central, seus principais aspectos metodológicos e a validade das suas medidas. Assim, observou-se que os aparelhos de BIA além de categorizar-se ou pelo número de eletrodos usados, pela região submetida à avaliação ou pela frequência usada, funcionam na oposição da resistência e da reatância. Pela literatura, à precisão das medidas obtidas por ela são satisfatórias quanto a métodos considerados como padrão-ouro, porém, situações de hidratação anormal, má nutrição severa, obesidade, doenças neuromusculares ou dermatológicas extensas requerem cuidado mais criterioso do avaliador na interpretação dos resultados para redução de possíveis erros. Já o capítulo 2 procurou determinar a confiabilidade e a reprodutibilidade da medida de composição corporal por BIA, bem como, comparar os resultados entre sexos e entre condições metodológicas diferentes (seguindo e não seguindo as recomendações prévias para realização do teste). Foi concluído que independentemente da preparação prévia ou não entre sexo para o teste, a BIA teve uma boa confiabilidade pelos valores de CCI, porém, sem o respeito das recomendações prévias para a realização do exame a reprodutibilidade pelo CV não foi tão boa. Fatos que podem alterar os resultados são os hormônios femininos e a estrutura corporal delas, diminuindo sua reprodutibilidade especialmente, quando não se respeita a preparação prévia. E recomendado, portanto, o seguimento das recomendações para aumentar a confiabilidade e a reprodutibilidade para quase todas as variáveis da composição corporal.