ASSOCIAÇÃO DOS NÍVEIS DE AUTOCOMPAIXÃO E ATITUDES ALIMENTARES DE ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DE NUTRIÇÃO BRASILEIRAS: UM ESTUDO TRANSVERSAL
Autocompaixão, atitudes alimentares, comportamento alimentar, estudantes de nutrição, nutricionistas, depressão, ansiedade.
Introdução: O comportamento alimentar humano pode ser influenciado por fatores como autocompaixão, estresse, ansiedade, depressão e o estágio de formação profissional em que os indivíduos se encontram. Objetivo: Avaliar a associação dos níveis de autocompaixão com as atitudes alimentares, estresse, depressão, ansiedade e consumo alimentar entre estudantes e nutricionistas. Metodologia: Pesquisa transversal, com coleta de dados entre março e junho de 2024, por meio de um questionário on-lineautopreenchido contendo dados sociodemográficos, Teste de Atitudes Alimentares “Eating Attitudes Test” (EAT-26), Escala de Autocompaixão (SCS), Avaliação do Consumo Alimentar e Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21). Resultados: Participaram 436 mulheres brasileiras, sendo 59,1% estudantes de nutrição e 40,9% nutricionistas. Destas, 20,8% apresentaram sobrepeso e 10,9% obesidade. A pontuação média para o teste EAT-26 foi de 35,9%, e 5,7% das participantes apresentaram sinais de depressão, estresse e ansiedade. Observou-se que à medida que os comportamentos alimentares perturbados aumentam, os níveis de IMC, depressão, estresse e ansiedade também tendem a aumentar. A autocompaixão se correlacionou negativamente com EAT, depressão, estresse, ansiedade, autojulgamento e alimentação não saudável. Conclusão: Níveis mais elevados de autocompaixão se correlacionam a menores níveis de comportamentos alimentares perturbados, depressão, estresse e ansiedade, sugerindo que promover a autocompaixão pode melhorar atitudes alimentares e o bem-estar emocional dos indivíduos.