Fenômenos Cosmológicos por meio da Gravitação F(Q)
Tensor de não-metricidade; geometria de Weyl; Gravidade modificada;
big bounce.
A teoria da Relatividade Geral (RG) descreve a interação gravitacional de maneira bastante satisfatória até em níveis cosmológicos, com impressionante concordância com observações experimentais. Todavia, ela apresenta alguns problemas na descrição de alguns fenômenos gravitacionais, principalmente no que concerne à formação de estruturas em nosso universo, presença de singularidades, descrição e interpretação de alguns constituintes, dentre outros. A fim de sanar essas dificuldades, teorias alternativas têm sido propostas nas últimas décadas, em geral modificações mínimas da teoria de Einstein. Em particular, a descrição de fenômenos gravitacionais a partir de geometrias alternativas a geometria riemanniana têm recebido grande atenção. Ao invés do formalismo ser construído em termos da geometria riemanniana e do tensor de curvatura, é possível desenvolver modelos análogos à relatividade geral em termos da geometria de Weitzenböck e do tensor de torção, conhecida como teoria teleparalela, ou ainda em termos da geometria de Weyl e do tensor de não-metricidade, cujo modelo é conhecido como teoria teleparalela simétrica. Esses dois modelos podem ser formulados a partir de uma teoria de gauge, cujo grupo de simetria é o grupo de translações, o que garante uma grande diferença no desenvolvimento formal desses modelos em diversos contextos. Após um grande interesse na análise de modelos envolvendo a torção T, recentemente a teoria alternativa e análoga em termos do tensor de não-metricidade Q tem sido considerada em algumas análises devido a possibilidade de acoplamentos mais gerais do que aqueles do tensor de torção. Desta forma, aproveitamos a possibilidade de explorar novos fenômenos gravitacionais no contexto da teoria teleparalela simétrica neste trabalho. Portanto, neste trabalho revisamos os principais pontos envolvendo a descrição do universo em relação a alguns fenômenos cosmológicos, e a aplicação do modelo f(Q) na descrição do fenômeno de “Big Bounce”.