CARACTERIZAÇÃO DA JACUTINGAÍTA (Pt2HgSe3) COM A INDUÇÃO DE DEFEITO POR ESPECTROSCOPIA RAMAN
jacutingaíta. Espectroscopia. Defeitos.
A jacutingaíta (Pt2HgSe3) é um mineral recentemente descoberto em Minas Gerais, no distrito de Itabira, e apresenta fase topológica robusta, com fase cristalina lamelar recentemente caracterizada. Devido suas propriedades, têm desenvolvido cada vez mais estudos com a jacutingaíta focados em identificá-las. Nesse sentido, o objetivo do trabalho é caracterizar através da microscopia eletrônica de varredura, análise de elementos, espectroscopia Raman a jacutingaíta, e estudar suas propriedades, potencialidades e aplicabilidades em situação real e com defeitos induzidos. Este trabalho tem como metodologia a experimentação em laboratório e a fundamentação teórica para entendimento dos resultados. A primeira parte a ser aqui apresentada consiste na caracterização óptica e espectroscópica do material, por meio de microscopia de luz branca e espectroscopia Raman, esta última realizada com laser 785 nm e objetiva de 50X de magnificação. Simultaneamente, serão apresentadas informações da literatura sobre a estrutura do material, em conjunto a cálculos de colaborações teóricas e os desenvolvimentos da espectroscopia Raman aplicada na jacutingaíta ao se provocar defeitos em sua estrutura. Como resultados, obteve-se que a análise Raman mostrou o surgimento de um pico em 60 cm−¹, previsto teoricamente, mas ausente nas medições sem defeitos. Além disso, verificou-se um deslocamento do pico localizado na região de 80 cm−¹ e a divisão de um modo vibracional na faixa de 170 cm−¹, indicando modificações estruturais induzidas pela degradação. Apesar de desafios na caracterização por AFM, os resultados confirmam que defeitos impactam a resposta vibracional do material, contribuindo para seu entendimento, o que é crucial para futuras aplicações industriais.