No dia 11 de outubro de 2019, a professora Roberta Guimarães Franco Faria de Assis lançou, na Livraria Travessa no Rio de Janeiro, o livro “Memórias em trânsito: deslocamentos distópicos em três romances pós-coloniais”, publicado pela Editora Alameda com financiamento, via edital, da FAPEMIG. A obra é resultado da tese da doutorado da professora, realizado na Universidade Federal Fluminense com período sanduíche na Universidade de Coimbra.
“O livro desenvolve uma abordagem na qual momentos decisivos do Séc. XX – como o retorno dos colonos a Portugal, a crise utópica que envolveu vários intelectuais em Angola e a guerra civil em Moçambique – são observados por um olhar profundamente crítico, perscrutador, rigoroso, capaz de desvendar, na representação dos diversos trânsitos presentes nesses romances, o intuito de problematizar a sociedade surgida em cada país após o fim do colonialismo” - Prof. Dr. Silvio Renato Jorge (UFF)
“O livro de Roberta Guimarães Franco nos apresenta uma análise profunda e atual acerca da relação entre diferentes movimentos de deslocamento, em suas várias categorias ― como emigração, exílio, retorno ou refúgio ― e os processos de colonização e descolonização no continente africano. Dividido em cinco capítulos, a trajetória empreendida pela autora nos leva a partir de um cais movente, o pós-colonialismo e suas implicações no tempo presente. Seguindo o roteiro de deslocamentos, traça-se um novo (antigo) percurso, ligando Portugal, Angola e Moçambique, através dos romances de António Lobo Antunes, Pepetela e João Paulo Borges Coelho” - Profa. Dra. Renata Flávia da Silva (UFF)
“No contexto em que vivemos, o livro apresentado por Roberta Franco é extremamente oportuno. Quem são as pessoas por trás dos rótulos de imigrante, de refugiado, de retornado? Quem são as pessoas por trás das estatísticas? Quais histórias elas contam? Quais histórias foram impedidas de contar? E esse destino, é no espaço? É no tempo? Memórias em trânsito leva-nos a uma série de reflexões que, mediadas pelos romances de António Lobo Antunes, Pepetela e João Paulo Borges Coelho, apontam para a própria humanidade, para a subjetividade intrínseca a todo ser humano e para a nossa capacidade de empatia” - Prof. Dr. Thiago Henrique Mota (UFV)