Banca de DEFESA: JOSE DE ARIMATEIA ALMEIDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSE DE ARIMATEIA ALMEIDA
DATA: 16/12/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Sala de reuniões CIMS
TÍTULO:

OTIMIZAÇÃO DE FORMULAÇÕES PARA PRODUÇÃO DE TELHAS DE CONCRETO COM RESÍDUO DE MINERAÇÃO REFORÇADAS COM MATERIAIS POLIMÉRICOS E LIGNOCELULÓSICOS

PALAVRAS-CHAVES:

Compósitos cimentícios; Viabilidade econômica; Destinação adequada; Sustentabilidade; Propriedades físicas e mecânicas.

PÁGINAS: 150
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia de Materiais e Metalúrgica
SUBÁREA: Materiais Não-Metálicos
ESPECIALIDADE: Cerâmicos
RESUMO:

O Brasil possui uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo. Com o
crescimento da população mundial e sua avidez por consumo aliados às necessidades crescentes
das indústrias de processamento de aço, aumenta também a geração de resíduos, sendo
necessárias novas técnicas para reutilização do material, evitando a disposição final em
barragens de contenção, visto que o colapso dessas baragens vêem causando danos humanos,
ambientais e sociais ao redor do mundo nas últimas décadas. Diante do exposto essa pesquisa
visou avaliar a infuência das substituições total do pó de pedra calcária e parcial do cimento por
resíduo de minério de ferro (RMF) em telhas de concreto reforçadas com resíduos poliméricos e
lignocelulósicos. O tratamento controle foi produzido por processo de extrusão/compressão com
traço 27,15 % de cimento CPV –ARI, 60,85 % de areia e 12% de pó de pedra calcária. Para os
demais tratamentos foram avaliadas a substituição de 100% de pó de pedra e 10% de cimento
para modificação da matriz cimentífica, assim como a sua associação (100% de substituição de
pó de pedra e 10% de cimento), e também o efeito de utilização de reforços com resíduos de
polipropileno (PP), Polietieno tereftalato (PET) e madeirade pinus, ambos na porcentagem de
0,5% e nos diferentes tipos de matrizes cerâmicas produzidas. As telhas passaram por 28 dias de
cura e posteriormente foram avaliadas as propriedades físicas, mecânicas, térmicas, acústicas e
microestruturais. Todos os tratamentos foram avaliados antes e após envelhecimento acelerado.
Além disso, foi avaliada a viabilidade econômica financeira na produção das telhas de concreto
considerando as alterações nas formulações. Diante dos resultado pôde-se concluir que após o
envelhecimento acelerado dos compósitos, houve uma redução da porosidade aparente,
atribuída à constante hidratação proporcionada pelos ciclos de molhagem e secagem. A
densidade aparente dos compósitos aos 28 dias de cura não apresentou diferença estatística
significativa, mas observou-se um aumento após o envelhecimento acelerado. Esse
envelhecimento também resultou em um leve aumento no peso seco dos compósitos, devido à
maior densificação da matriz. No entanto, todos os tratamentos seguiram as especificações da
norma NBR 13858-2 (ABNT, 2009).Para a absorção de água apenas o tratamento controle, aos
28 dias de cura, atendeu a essa especificação da norma NBR 13858-2 (ABNT, 2009) . Nos
ensaios com os compósitos envelhecidos, os tratamentos reforçados com partículas de pinus não
atenderam a norma, enquanto os demais tratamentos permaneceram dentro dos limites
especificados para comercialização.Em relação à carga de ruptura à flexão, os tratamentos aos
28 dias de cura não estavam em conformidade com a norma NBR 13858-2 (ABNT, 2009). No

entanto, após o envelhecimento acelerado, todos os tratamentos, exceto o que utilizou 10% de
substituição de cimento com reforço de resíduo de madeira de pinus, atenderam aos requisitos
da norma. Para a norma ASTM C1492-3 (ASTM, 2009), todos os tratamentos, tanto aos 28 dias
de cura quanto envelhecidos, atenderam aos critérios de comercialização. Observou-se um
aumento significativo na condutividade térmica ao comparar os tratamentos aos 28 dias de cura
com os envelhecidos. Não foi detectada diferença estatística no desempenho térmico dos
compósitos, tampouco interação entre os efeitos dos reforços e a matriz.Dentre os reforços
avaliados, os resíduos de PP e PET foram os que mais aumentaram o custo de produção, devido
aos altos custos de coleta e processamento desses resíduos. Por outro lado, a substituição de
cimento pelo RMF resultou em redução de custo, dado o alto custo do cimento. A substituição
pelo PPC apresentou um aumento de custo pouco significativo, uma vez que o volume de telhas
produzidas diluiu os custos envolvidos.

MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - RAPHAEL NOGUEIRA REZENDE - DQM/EENG (Suplente)
Presidente - RAFAEL FARINASSI MENDES (Membro)
Externo ao Programa - PRISCILLA ABREU PEREIRA RIBEIRO - DEG/EENG (Membro)
Externo à Instituição - CAROLINA REZENDE PINTO NARCISO - UNIFEI - UNI (Suplente)
Externo à Instituição - ALAN PEREIRA VILELA - UNILAVRAS (Membro)