Banca de DEFESA: KARINA SILVA D'AQUILA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KARINA SILVA D'AQUILA
DATA: 02/09/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Virtual do Google Meet - https://meet.google.com/fzf-nhak-xyb
TÍTULO:

Cooperação Investigativa na Prática da Modelagem Matemática com ênfase na Justiça Social: Uma Análise no Contexto do Sistema Prisional

PALAVRAS-CHAVES:

APAC; Cárcere; Cooperação Investigativa; Educação Matemática Crítica.

PÁGINAS: 140
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

Este trabalho de caráter qualitativo, desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática da Universidade Federal de Lavras, teve como objetivo identificar elementos de cooperação investigativa — como estabelecer contato, perceber, reconhecer, posicionar-se, pensar alto, reformular, desafiar e avaliar — presentes na prática de modelagem matemática com ênfase na justiça social, realizada com estudantes da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC). A prática de modelagem matemática, orientada pela perspectiva da Educação Matemática Crítica, seguiu as cinco etapas propostas por Burak e Klüber: 1) escolha do tema; 2) pesquisa exploratória; 3) levantamento do(s) problema(s); 4) resolução do(s) problema(s) e desenvolvimento do conceito matemático no contexto do tema; 5) análise crítica da(s) resolução(ões). Os participantes da pesquisa foram estudantes-recuperandos do terceiro ano do Ensino Médio-EJA, sendo quatro no regime semiaberto e seis no regime fechado. Para alcançar o objetivo da pesquisa e contribuir com a prática da modelagem matemática na Educação Básica, descrevemos o processo de planejamento da proposta, com o intuito de contemplar a justiça social e promover o engajamento dos estudantes. Optamos pela construção de um relato de experiência como meio para identificar os processos de ensino e aprendizagem, bem como os momentos de manifestação de diálogos e, consequentemente, os elementos de cooperação investigativa. Como instrumentos de coleta de dados, utilizamos gravações de áudio das aulas e um diário de bordo para documentar as observações da professora-pesquisadora durante o desenvolvimento da proposta. Para identificar e analisar as ações inerentes à cooperação investigativa, inspiramo-nos na análise textual discursiva, seguindo suas quatro etapas processuais, das quais as três primeiras (unitarização, categorização e comunicação) completam um ciclo preparatório para a fase de auto-organização. O estudo revelou fatores positivos, como indícios de apropriação conceitual, mas também enfrentou limitações metodológicas devido ao ambiente em que foi realizado. A atuação ativa dos envolvidos foi essencial para o desenvolvimento da pesquisa. O estudo aponta potencialidades para pesquisas futuras que abordem diferentes perspectivas e para a interdisciplinaridade, integrando conhecimentos de diversas áreas. Como produto educacional associado à nossa pesquisa, desenvolvemos o material intitulado "A Modelagem Matemática como Caminho para Dialogarmos sobre Justiça Social", que apresenta a modelagem matemática como uma prática possível para suscitar debates relacionados à justiça social nas aulas de Matemática. Nossa premissa foi compartilhar com docentes, especialmente aqueles que lecionam na Educação Básica, nossos saberes e experiências sobre essa metodologia adotada.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - MARIO HENRIQUE ANDRADE CLAUDIO (Membro)
Interno - JOSEFINA APARECIDA DE SOUZA (Suplente)
Externo à Instituição - CÍNTIA DA SILVA - IFSM (Membro)
Externo à Instituição - BRUNA ZUTION DALLE PRANE - IFES (Suplente)
Externo ao Programa - ANTONIO MARCELO MARTINS MACIEL - DFM/ICET (Membro)
Presidente - AMANDA CASTRO OLIVEIRA (Membro)