A UTILIZAÇÃO DE JOGOS EM SALA DE AULA PARA DISCENTES COM TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: PROPOSTA DE CURSO
Educação inclusiva; TDAH; Formação docente; Jogos adaptados
A educação inclusiva tem como princípio atender e garantir que todos os discentes, tenham acesso a uma educação de qualidade, independente de suas particularidades. Atualmente, há uma demanda crescente por práticas pedagógicas mais inclusivas para discentes com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o que evidencia as transformações nas concepções educacionais contemporâneas. Mais do que um princípio normativo, a inclusão escolar exige ações concretas que considerem as especificidades cognitivas e comportamentais desses discentes, assegurando sua participação efetiva nos processos de ensino e aprendizagem. Apesar dos avanços nas políticas de inclusão, ainda persistem lacunas estruturais e formativas que dificultam sua efetivação. A ausência de suporte técnico e de formação específica contribui para práticas pouco adequadas às necessidades do TDAH, mesmo em ambientes que se declaram inclusivos. Nesse contexto, torna-se essencial investir em iniciativas formativas que capacitem docentes a compreender a complexidade do transtorno e suas implicações pedagógicas. Com esse propósito, foi desenvolvido um curso de formação, composto por sete encontros e destinado a docentes que atuam ou atuaram na educação básica. O curso buscou fomentar a reflexão crítica sobre a educação inclusiva e estimular a elaboração de adaptações de jogos como recurso pedagógico voltado a discentes com TDAH. A questão central que orientou o trabalho foi: De que maneira um curso sobre jogos adaptados pode influenciar as concepções e as projeções de prática futura de docentes em relação a discentes com TDAH? Ao articular teoria e prática em um espaço dialógico e colaborativo, o curso possibilitou ampliar a compreensão sobre a neurodiversidade e fortalecer a atuação docente frente aos desafios da educação inclusiva.