HETEROGENEIDADE DAS TURMAS DA EJA: UM DESAFIO PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA
Heterogeneidade da sala de aula. EJA. Formação de Professores.
Lidar com a heterogeneidade dos alunos, provenientes de diferentes origens culturais, sociais, econômicas, étnicas, religiosas ou psicológicas, é um desafio pelo qual passam professores e professoras de Matemática para desenvolverem seu trabalho pedagógico com eficácia. Tal inquietude docente se torna ainda mais recorrente quando nos referimos à Educação de Jovens e Adultos (EJA), pelo fato das turmas também possuírem o diferencial de faixas etárias e experiências profissionais extraescolares distintas. Sob esse viés, a pesquisa busca identificar e analisar: que estratégias são utilizadas pelos professores e professoras de Matemática para contemplar a heterogeneidade dos sujeitos da EJA? Cujo objetivo é refletir a respeito da vicissitude da sala de aula e discutir estratégias de trabalho já empregadas nas aulas de Matemática da modalidade de ensino da EJA. Trata-se de um estudo qualitativo que foi realizado com um professor e três professoras de Matemática da rede pública de uma cidade do interior de Minas Gerais que lecionam em turmas da EJA. Foram analisados: 1) Relatos de Experiência; 2) Entrevista Semiestruturada e 3) Diário de Bordo do professor-pesquisador. Para a análise dos dados foi utilizada a "Análise de Conteúdo". A partir dos resultados foram acentuados vários "segredos práticos" desses professores e professoras, que se configuram como táticas para que outros docentes possam aperfeiçoá-las e/ou fazer uso em sua atuação, como também, se tornar um guia ou respaldo para o professorado em início de carreira que se vejam perdidos perante o seu cotidiano profissional. Para mais, o processo de reflexão frente às experiências vividas e compartilhadas por si mesmos e pelos colegas de trabalho podem ser um complemento ao repertório prático desses docentes e aprimorar a sua concepção quanto ao seu papel em sala de aula e sobre o que é ensinar Matemática na EJA que, somados à sua formação específica, podem suscitar possíveis mudanças em sua atuação profissional. Além de amenizar injustiças ocasionadas em sala de aula, propiciar um ensino sob uma perspectiva de equidade e estimular a formação de cidadãos e cidadãs mais críticos e conscientes de seu papel social.