News

Banca de QUALIFICAÇÃO: MARCO TÚLIO JORGE CORTEZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCO TÚLIO JORGE CORTEZ
DATA: 20/10/2023
HORA: 16:00
LOCAL: Laboratório de Educação Científica e Ambiental - LECA
TÍTULO:

A arte permeando os diálogos pedagógicos sobre mineração: uma experiência para a formação de professores de ciências e biologia   


PALAVRAS-CHAVES:

Educação científica e ambiental; abordagem CTSA; questões sociocientíficas; materialismo histórico-dialético.    


PÁGINAS: 35
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

  Os primórdios da mineração compõem a história da humanidade desde a fabricação dos primeiros instrumentos pelo homem primitivo, como a produção de lanças na Idade da Pedra Lascada. Ao longo do desenvolvimento das sociedades ela se torna mais intensa e complexa, passando por saltos no domínio da natureza, em que a extração e manipulação dos metais e matérias primas para as variadas construções promove a consolidação da própria espécie humana no mundo e caracteriza seu modo de vida. Mesmo a invasão das Américas e tomada do território dos povos tradicionais por europeus foi motivada pela busca das riquezas que poderiam ser exploradas nessas terras, como aconteceu no Brasil e, mais especificamente, na região de Minas Gerias atrás de ouro e diamante. A partir da Revolução Industrial e imposição do capitalismo como modelo econômico a ser reproduzido em todo o mundo, a demanda pelos bens minerais se transforma e multiplica rapidamente, alcançando uma dimensão extrativista nunca antes vista na história, alavancada pelo processo de produção em massa de mercadorias. E, como em muitos aspectos do capitalismo, não são considerados os riscos e a extensão verdadeira das consequências que esta atividade está causando ou pode causar. Para além da evidente consequência ecológica e ambiental em seus danos, ela provoca mudanças sociais, culturais e do olhar sobre a natureza, vista como uma mera fonte de recursos a serem explorados, transformando-se em uma perspectiva que vai do material ao ideológico, naturalizada no pensamento ocidental contemporâneo. Para trabalhar sobre os objetivos que a educação se propõe, mais especificamente na área de Ciências e Biologia, o tema da mineração entra em cena enquanto uma possibilidade de formação dos educandos para a leitura crítica da realidade, problematizando a forma como que as ações mineradoras operam e muitas vezes se impõem em detrimento da vontade popular ou da garantia de seus direitos fundamentais. Esse movimento nos coloca em busca de transformar as forças presentes no modelo de sociedade atual que impedem a construção de um processo civilizatório capaz de proporcionar um futuro desejável para o planeta e a própria humanidade, sendo que a educação participa enquanto uma das bases estruturantes deste processo. Tal consideração gera a necessidade de compreendermos a seguinte questão – qual o modo mais apropriado de trabalho pedagógico na preparação dos licenciandos em Ciências Biológicas para atuarem nesse cenário? Defendemos o princípio de que a arte pode potencializar os diálogos pedagógicos, numa abordagem em que o aprofundamento da visão poética irá buscar o encantamento dos licenciandos e percepção do contexto multifacetado da atividade mineradora. É nesse sentido que esta pesquisa busca explorar, analisar e avaliar o potencial dos diálogos pedagógicos envolvendo o tema da mineração com produções artísticas na formação de professores de Ciências e Biologia. Uma prática formativa foi desenvolvida pelo pesquisador na disciplina de Metodologia do Ensino de Biologia, do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da UFLA, que teve a participação do pós-graduando enquanto docente voluntário. A disciplina se divide em uma parte teórica e outra prática, ou seja, após as experiências formativas do curso os participantes se dividiram em duplas para o planejamento e elaboração de suas próprias aulas, pensadas para discutir a mineração e conceitos da biologia nas escolas básicas. O material produzido pelas duplas será tomado para análise segundo metodologias qualitativas. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ANTONIO FERNANDES NASCIMENTO JUNIOR (Membro)
Interno - MARINA BATTISTETTI FESTOZO (Membro)
Interno - LARISSA FIGUEIREDO SALMEN SEIXLACK BULHOES (Membro)
Externo ao Programa - CELSO VALLIN - DED/FAELCH (Membro)
Notícia cadastrada em: 09/10/2023 11:07
SIGAA | DGTI - Diretoria de Gestão de Tecnologia da Informação - Contatos (abre nova janela): https://ufla.br/contato | © UFLA | appserver2.srv2inst1 27/04/2024 18:09