Banca de QUALIFICAÇÃO: EDSON FERREIRA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EDSON FERREIRA DA SILVA
DATA: 02/10/2023
HORA: 14:00
LOCAL: DCH - google meet
TÍTULO:

A Crítica da razão pura e o projeto da metafísica como ciência

PALAVRAS-CHAVES:

Kant; crítica; metafísica; filosofia transcendental; Arquitetônica; ciência

PÁGINAS: 109
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO:

Buscando uma abordagem alternativa àquelas que enfatizam partes como a “Estética transcendental” e a “Analítica transcendental” como as partes fundamentais da Crítica da razão pura, pretendemos destacar algumas seções que consideramos extremamente relevantes para o tema da metafísica nessa obra de Kant. Assim, daremos destaque aos textos iniciais, “Prefácios” e “Introduções” – em que Kant apresenta com detalhes a Crítica e sua relação com a metafísica – e ao capítulo da “Arquitetônica da razão pura”, na “Doutrina do método”, em que Kant final- mente estrutura seu sistema depois de toda abordagem da “Doutrina dos elementos”. Apesar de, na nossa leitura, a “Arquitetônica” ser fundamental para o tema da metafísica em Kant, essa parte da Crítica é muitas vezes negligenciada. Bennett (2016, p. 4)11, por exemplo, acusa Kant de apresentar na “Doutrina do método” apenas repetições incoerentes dos materiais da “Doutrina dos elementos”. No entanto, é na “Arquitetônica” que Kant apresenta os detalhes de sua concepção de metafísica e da estrutura sistemática, além da própria concepção de sistema. Parte da controvérsia que indicamos em torno da posição kantiana em relação à metafísica, reside na maneira como o filósofo aborda essa ciência ao longo de sua obra. Será que aqueles que o consideram um metafísico e aqueles que o veem como crítico da metafísica estão usando o termo “metafísica” no mesmo sentido? É altamente improvável, pois Kant mesmo oscila entre vários significados diferentes ao longo de sua obra. Como a Crítica pode ser vista como o fim da metafísica, enquanto apresenta um sistema metafísico no final? E como uma ontologia, ao mesmo tempo em que precisa ceder lugar para uma análise do entendimento na “Analítica”, ressurge na “Arquitetônica” como parte do sistema kantiano (KrV, A 843-847/B874-875)? Assim, este trabalho tem como objetivo contribuir para a compreensão dessa questão, buscando conciliar a crítica de Kant à metafísica com a própria concepção metafísica desenvolvida pelo filósofo. Nesse sentido, nossa intenção é reconstruir um percurso argumentativo que, ao mesmo tempo em que esclarece a ambiguidade do uso do termo "metafísica" – e suas subdivisões, como a ontologia – procura delinear os contornos daquilo que seria a metafísica kantiana, apresentando-a como resultado de uma crítica à metafísica dogmática de seus predecessores.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - ARTHUR KLIK DE LIMA (Suplente)
Presidente - EMANUELE TREDANARO (Membro)
Interno - FEDERICO ORSINI (Membro)
Externo à Instituição - PATRÍCIA KAUARK LEITE - UFMG (Membro)