Panorama da Geração, Características e Destinação do Lodo de Esgoto em Minas Gerais
Aproveitamento de resíduos sólidos; Biossólido; Subprodutos do saneamento; Saneamento Ambiental; Sustentabilidade.
O tratamento de esgoto no Brasil ainda é limitado e muito distante da universalização, contando com apenas 52,2% do esgoto tratado, sendo que a região Sudeste é a que detém maior percentual de tratamento, apresentando 61,6% da população atendida (SNIS, 2022), o que implica em impactos ambientais, sociais e econômicos. Para alcançar as metas ambientais globais, o país tendo tomado medidas para fortalecer suas políticas de saneamento, incluindo a publicação do Novo Marco Regulatório do Saneamento, que prevê atingir 90% do esgoto tratado até 2030. Entretanto, com o aumento dos índices de tratamento, a geração de lodo de esgoto também crescerá, o que exigirá uma gestão eficiente desse resíduo sólido. O destino pode incluir uso agrícola, geração de energia e aplicação na construção civil, conforme regulamentações ambientais. No entanto, há ainda pouca informação sobre a geração e sua disposição final, ao contrário de países da Europa e os EUA, sendo necessário investigar e propor melhorias para o seu gerenciamento no país. Assim, o presente estudo objetiva apresentar um panorama sobre a quantidade gerada, além das características e da destinação do lodo de esgoto nos municípios de Minas Gerais. Buscando assim, analisar como o tratamento e a disposição final desse resíduo são conduzidos atualmente, bem como explorar alternativas para seu tratamento e reaproveitamento, com a finalidade de propor melhorias para a gestão desse subproduto, fomentando assim o uso de tecnologias e incentivos que podem melhorar significativamente a qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente. Iniciando pelo estado de Minas Gerais, pode-se haver ações futuras em outros estados, contribuindo para melhorias nos aspectos sociais, econômicos e ambientais.