MODELAGEM DAS RESPOSTAS DE CRESCIMENTO Á FERTILIZAÇÃO NA ROTAÇÃO INTERMEDIÁRIA DE PLANTIOS CLONAIS DE EUCALIPTO DESBASTADOS NO BRASIL
manejo florestal intensivo; aplicação adicional de fertilizantes; desbaste; histórico climático.
O manejo intensivo de plantios florestais de eucalipto requer a compreensão dos fatores que impactam no crescimento das árvores e na produtividade do sistema. A tese foi estruturada em 2 artigos e, para isso, utilizou-se um conjunto de dados proveniente de povoamentos de Eucalyptus grandis implantados no ano de 1999 nos Estados da Bahia e do Espírito Santo. Foram conduzidos três experimentos, cada um deles com doze tratamentos de desbastes, os quais se diferem entre si em número (nenhum, um ou dois desbastes), idade e intensidade. Cada tratamento de desbaste apresentou quatro parcelas idênticas, sendo duas fertilizadas e duas não fertilizadas na rotação intermediária. No artigo 1 foi desenvolvida uma modelagem em duas etapas: um modelo de regressão logística em função da interação do índice de desbaste e do espaçamento relativo para determinar a probabilidade de ganho em volume com a fertilização na rotação intermediária; e um modelo de predição de volume em função da intensidade de desbaste, sítio e uniformidade, para quantificar o ganho adicional na produtividade dos povoamentos no final da rotação com o tratamento de fertilização aplicado. Os resultados demonstraram que a abordagem proposta apresentou nível de precisão aceitável para modelar as respostas em volume à fertilização em rotação intermediária nos plantios clonais de eucalipto conduzidos para produção de madeira maciça. No artigo 2, o conjunto de
equações de crescimento em altura dominante baseado na formulação de Lundqvist teve sua assíntota expandida em função do índice de desbaste, do indicativo de fertilização e da
temperatura mínima, permitindo estimativas mais precisas ao predizer e projetar a altura
dominante dos plantios de eucalipto estudados. As equações desenvolvidas no artigo 2 podem ser utilizadas para realizar predições e projeções de curto, médio e longo prazo com maior precisão e segurança sobre o comportamento biológico, sendo recomendadas para atualizar inventários e avaliar o potencial de crescimento de áreas sem registro prévio de plantios florestais baseado na combinação de fatores silviculturais e histórico climático.