COMPORTAMENTO ESPACIAL DE CARACTERÍSTICAS BIOMÉTRICAS PARA Eucalyptus spp AO LONGO DO CICLO DA FLORESTA
Geoestatística. Krigagem. Inventário florestal contínuo.
Para auxiliar a prática do inventário florestal, é importante considerar e associar, à coleta e análise de dados geoespaciais. Tornando-se fundamental compreender as variações espaciais das características biométricas para subsidiar o manejo com maior acurácia e menor custo. Nesse contexto, objetivou-se avaliar a estrutura de continuidade espacial de diferentes características biométricas em plantios clonais de eucalipto ao longo do ciclo da floresta, bem como, verificar o comportamento destas características por meio dos mapas de krigagem. Os dados foram coletados em 107 parcelas, obtidas mediante inventários florestais contínuos (IFC) realizados nos anos de 2016 a 2019 com clones de Eucalyptus spp. Em cada parcela, foram analisados, o volume (m³), área basal (m²), altura total (m) e altura média das árvores dominantes (m). Para todas as características biométricas foi realizada a análise exploratória de dados, ajustes de semivariogramas empíricos, avaliação por meio de parâmetros, estatísticas de ajuste, Índice de Dependência Espacial (IDE), Grau de Dependência Espacial (DE) e semivariogramas escalonados ao longo dos anos, pelo Método dos Quadrados Mínimos Ponderados. Além disso, os modelos espaciais, esférico, exponencial e gaussiano foram ajustados aos semivariogramas experimentais, em que, o modelo de melhor ajuste foi utilizado pela krigagem ordinária na espacialização das variáveis analisadas. A correlação entre os valores estimados pela krigagem para cada variável em sua respectiva idade de medição foi realizada por meio da matriz de correlação entre mapas. Os resultados demonstraram que todas as características biométricas apresentaram dependência espacial ao longo dos anos. O modelo que melhor representou a base de dados foi o exponencial. A utilização da krigagem proporcionou a percepção das alterações das diferentes características biométricas em seus respectivos anos de mensuração, permitindo inferir quanto ao desenvolvimento do Eucalyptus spp. A correlação entre os mapas gerados por meio da krigagem ordinária constatou que as idades iniciais têm menos correlação com as idades mais velhas, para todas as variáveis biométricas analisadas. Sendo possível a separação de classes de produtividade de crescimento.