DESCREVENDO A FUNCIONALIDADE PARA FALAR DE SUCESSÃO EM UM MUNDO EM MUDANÇAS
Recuperação Florestal. Grupo Sucessional. Característica Funcional.
Devido ao desenvolvimento diário das atividades antrópicas, para atender ao que chamamos de progresso, a Terra vem sofrendo perdas de suas áreas verdes e ganhando porcentagens significativas de gases na sua atmosfera. Para desacelerar este fenômeno e mitigar danos, a recuperação de ambientes degradados de florestas, é uma das alternativas propostas. A maior dificuldade encontrada na recuperação é a escolha de quais espécies devem ser utilizadas, para que a área tenha um recobrimento do solo e a volta dos processos ecológicos de forma rápida, com baixo custo financeiro e com menor gasto de energia dos profissionais. Assim, este trabalho tem como objetivo compreender se as divisões dos grupos sucessionais estariam relacionados com as características funcionais das espécies arbóreas. Para a condução do estudo, os dados foram coletados em 25 parcelas de 400m², em três fragmentos de floresta nativa. Para os dados relacionados com as características funcionais, foram selecionados e coletados ramos de três indivíduos de cada espécie presente na área. De cada ramo coletado, extraímos duas amostras para realizarmos as análises. Para a coleta de informações referentes a classificação sucessional das espécies, foi realizado, preferencialmente a partir de 2018, um levantamento bibliográfico. Após a realização da pesquisa de literatura, as espécies foram agrupadas em pioneiras e não pioneiras. Com as fotografias das lâminas para serem calculadas as características através do software GIMP. Após este processo, foi possível contabilizar e medir os vasos no software de Image J. Para as análises foliares, coletamos três folhas saudáveis e escaneamos. Com as imagens, foi mensurada a área foliar através do software imagem-J. Como resultado obtemos a não ordenação em nenhum grupo através da Análise de Componentes Principais. As espécies que constituem o grupo intermediário de dependência hídrica, foi o que apresentou a maior variabilidade de espécies e houve um equilíbrio na variabilidade das espécies em relação ao grupo ecológico. Deste modo, concluímos que as espécies para serem utilizadas em projetos de recuperação de áreas degradadas, devem ser selecionadas de acordo com o ambiente que será implementado o plantio.