Banca de DEFESA: MATEUS ALEXANDRE DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MATEUS ALEXANDRE DA SILVA
DATA: 19/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Anfiteatro do Departamento de Recursos Hídricos
TÍTULO:

MODELAGEM DE PRÁTICAS DE DESENVOLVIMENTO DE BAIXO IMPACTO (LID) EM SISTEMA DE DRENAGEM SOB SIMULAÇÃO TEMPORAL CONTÍNUA

PALAVRAS-CHAVES:

Análise de inundações; Drenagem urbana sustentável; Escoamento superficial direto; Hidrologia e hidráulica de áreas urbanas; Redução da vazão; Redução da vazão de pico

PÁGINAS: 126
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Engenharia Agrícola
SUBÁREA: Engenharia de Água e Solo
ESPECIALIDADE: Conservação de Solo e Água
RESUMO:

O processo de urbanização de bacias hidrográficas, que ocorre devido ao aumento da população que vive em áreas urbanas, é acompanhado por alterações fisiográficas da bacia hidrográfica. Entre essas alterações, pode-se citar a remoção da vegetação, regularização da superfície, impermeabilização do solo, a canalização e retificação dos cursos d’água, entre outras. Como resultado ocorre a redução da interceptação da precipitação, aumento da erosão do solo e assoreamento dos cursos d’água, o que reduz a sua capacidade de condução, redução da retenção de água em depressões e infiltração de água no solo, aumento da velocidade e volume do escoamento superficial direto, redução do tempo de concentração da bacia, entre outros. Em áreas urbanas, é comum a existência de sistemas de drenagem de águas pluviais, responsável pela drenagem e condução, o mais rápido possível, do escoamento superficial direto gerado, o que pode transferir e/ou gerar problemas de inundação a jusante do exutório do sistema. Além disso, seja devido ao aumento da demanda de drenagem ou pela redução da eficiência hidráulica, esses sistemas se tornam obsoletos, e a sua expansão pode ser dispendiosa, aumentando também os custos de manutenção e operação. Como uma maneira de contornar esse problema, as práticas de Low Impact Development (LID), que objetivam reduzir os impactos do escoamento superficial direto, simulando a hidrologia natural da bacia hidrográfica, têm sido amplamente utilizadas. Estudos anteriores comprovaram a eficiência de práticas LID na mitigação do escoamento superficial direto em bacias hidrográficas urbanas, contudo, a distribuição espacial das LIDs dentro da bacia hidrográfica, fator este que pode alterar a sua eficiência, ainda não foi suficientemente explorado sob simulação temporal contínua, o que pode aumentar a robustez e precisão da simulação. Dessa forma, o presente estudo simulou, sob escala temporal contínua, o impacto da implantação de cinco práticas LID (célula de biorretenção, jardim de chuva, trincheira de infiltração, pavimento permeável e vala vegetada), além de combinações entre elas, empregando quatro estratégias de locação práticas LID (jusante, centro, montante e distribuída), em quatro porcentagens de área instalada (10, 15, 20 e 25% da área impermeável) sobre o sistema de drenagem da área urbanizada da Universidade Federal de Lavras, no estado de Minas Gerais, Brasil. Sob as condições analisadas, foi constatado que, para uma mesma estratégia de locação, com exceção à vala vegetada, a capacidade das práticas LID em reduzir a vazão, vazão de pico e mitigar inundações não se diferenciam sob precipitações com baixo tempo de retorno. Ainda, para precipitações com baixo tempo de retorno, o aumento da área LID implantada não é proporcional às reduções percentuais das variáveis avaliadas. As práticas LID locadas seguindo a estratégia distribuída se mostraram mais eficientes, mas, por outro lado, em locais onde ocorreram valores mais elevados de Ksat, outras estratégias se destacaram. Apesar da redução expressiva do volume de inundação, a implantação de práticas LID foi incapaz de extingui-lo, o que torna a associação das práticas LID à métodos convencionais de drenagem indispensável.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - MICHAEL SILVEIRA THEBALDI (Membro)
Externo à Instituição - MARCELO OBRACZKA - UERJ (Membro)
Interno - LIVIA ALVES ALVARENGA (Membro)
Interno - GILBERTO COELHO (Suplente)
Externo à Instituição - FREDERICO CARLOS MARTINS DE MENEZES FILHO - UFV (Membro)
Externo à Instituição - ALFREDO AKIRA OHNUMA JUNIOR - UERJ (Suplente)
Interno - ALBERTO COLOMBO (Membro)