PEDAGOGIAS DA CONGADA: IDENTIDADES, RESISTÊNCIAS E (RE)CONHECIMENTO
Constituição da Subjetividade; Identidade Racial; Cultura Afro-brasileira; Relações de Gênero; Aprendizagem;
A congada é tradicional festa popular que acontece em diversas regiões do país, em especial no Sudeste e Centro-Oeste brasileiro. Em um município do sul de Minas Gerais, a despeito das diversas tentativas de descaracterização, a festa resiste e anualmente, no 13 de maio, ocupa as ruas da cidade com seus tambores, danças e cantos em louvor a seus santos de devoção como Santa Efigênia, São Benedito e Nossa Senhora do Rosário. A presente pesquisa tem o objetivo de identificar que papeis tal manifestação popular assume na constituição de identidades e que experiências passam os sujeitos que dela participam no processo de formação cultural, política, humana e pedagógica. A pesquisa será qualitativa e explicativa e serão adotados instrumentos metodológicos como a observação participante, o diário de campo e entrevistas semiestruturadas com aqueles que participam da Congada. Também será necessária revisão bibliográfica que revele a história da Congada e as possíveis conexões que essa cumpre com a atual formação de identidades nos âmbitos social, político e racial. Espera-se conhecer que processos de subjetivação e identidade são construídos pelos integrantes da Congada, além disso perceber como questões de raça/etnia e gênero se entrelaçam e se constituem como parte dessa formação e que formas de pedagogias a Congada aciona na formação, transmissão e ressignificação de saberes. Espera-se também conhecer se esses elementos (formação de identidades, transmissão de saberes não formais) são responsáveis pela permanência e resistência da Congada como manifestação popular e por uma ocup(ação) do espaço público diferente do habitual e cotidiano.