O (NÃO) LUGAR DO CORPO NA EDUCAÇÃO INFANTIL NO RETORNO DAS ATIVIDADES PRESENCIAIS EM LAVRAS-MG (2021/22)
Educação infantil; Corpo; Pandemia; Práticas educativas; Restrições sanitárias; Crianças.
Com o retorno das atividades presenciais na educação infantil do município de Lavras-MG surgiram algumas inquietações no ambiente educacional diante do novo contexto após a pandemia da Covid-19. Em face do exposto, o objetivo deste estudo é compreender as estratégias adotadas por docentes de tal etapa de ensino no que diz respeito ao (não) lugar do corpo das crianças frente às intempéries pedagógicas enfrentadas, as estratégias encetadas e as transformações educativas ocorridas no retorno presencial. A proposta em tela se baseará em alguns autores que integram o escopo de discussão da sociologia da infância, além de estudiosos que se debruçam sob o manto pós-estruturalista, a fim de observar e interpretar o controle dos corpos no retorno presencial das atividades. Para a coleta do material empírico serão realizadas entrevistas com professores e professoras que atuaram no interior das pré-escolas, bem como, alguns registros de memória do próprio pesquisador deste trabalho. O retorno às atividades presenciais em tempos e momentos pandêmicos trouxe grande inquietação ao se tratar de crianças pequenas e seus corpos. Nesse sentido, as relações de controle foram se tornando cada vez mais explícitas, haja vista as inúmeras restrições sanitárias que essas crianças pequenas foram/são submetidas, devido a pandemia da Covid-19, que ainda faz parte da nossa realidade social. Muitos desses corpos nunca frequentaram a pré-escola e nem outros ambientes educativos, pois precisavam ficar em casa. O desejo das crianças se libertarem e experimentarem o mundo-corpo fica evidente no cotidiano educativo investigado, razão pela qual espera-se com esse estudo entender qual é o (não) lugar do corpo e como ele se encontra em tempos de retorno das atividades presenciais na educação infantil de Lavras-MG.