A amamentação exclusiva por pelo menos até seis meses é de suma importância para a saúde do bebê, reforçando seu sistema imunológico e desenvolvimento socioemocional; enquanto para a mãe auxilia na sintomatologia depressiva, fortalecendo o vínculo materno. Apesar de inúmeros benefícios, a taxa de aleitamento materno exclusiva no Brasil ainda é abaixo do ideal, o que pode levar a dificuldades emocionais e/ou fisiológicas, necessitando, portanto, de intervenção profissional e de programas com ações de promoção, proteção e apoio. A Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil é uma iniciativa do Ministério da Saúde para qualificar o processo de trabalho dos profissionais da atenção básica estimulando a promoção do aleitamento materno e da alimentação saudável para crianças menores de dois anos no âmbito do Sistema Único de Saúde. Dentre estes profissionais, o agente comunitário de saúde possuiu um papel fundamental na articulação entre usuário e Unidade Básica de Saúde, realizando o monitoramento e mapeamento das famílias, promovendo ações educativas por meio de visitas domiciliares e encontra-se em contato direto com as famílias dos lactentes. No município de Santo Antônio do Amparo- MG, a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil foi implementada aos profissionais de saúde, incluindo os agente comunitário de saúde. Essa pesquisa qualitativa teve como objetivo compreender  a percepção do agente comunitário de saúde a respeito da amamentação e da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil e suas fragilidades e potencialidades. Realizou-se entrevistas semiestruturadas, gravadas, transcritas e categorizadas segundo a análise de conteúdo de Bardin. Dos oito sujeitos entrevistados observou ampliação do conhecimento e ressignificação pessoal após capacitação pela Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil. Apontaram as construções sociais de “leite fraco” e estética como principais causas para interrupção da amamentação. Já os benefícios do aleitamento para o bebê se sobrepuseram aos da mãe, com predominância da imunização. Foram também relatados a presença de mitos e práticas inadequadas. Considera-se imprescindível, portanto, a capacitação com regularidade dos agente comunitário de saúde, pois além de conhecimento possibilitam motivá-los na multiplicação do conhecimento e maior proatividade na área do aleitamento.