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Banca de DEFESA: ANA CLARA DA CRUZ DELLA TORRE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA CLARA DA CRUZ DELLA TORRE
DATA: 26/03/2024
HORA: 08:00
LOCAL: online- Google Meet
TÍTULO:

AMBIENTE ALIMENTAR,  ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS NA POPULAÇÃO INFANTIL


PALAVRAS-CHAVES:

Saúde da Criança; Estado Nutricional; Alimentos Ultraprocessados; Ambiente alimentar.


PÁGINAS: 128
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
SUBÁREA: Análise Nutricional de População
RESUMO:

A alimentação adequada na infância contribui para o estabelecimento de hábitos alimentares saudáveis, que se refletirão a curto e longo prazo nas condições de saúde. O ambiente em que a criança está inserida assume um papel crucial como principal influenciador da alimentação, estado nutricional e, consequentemente, saúde infantil. Nesse sentido, investigar práticas alimentares e fatores associados são de fundamental importância para o pleno crescimento e desenvolvimento infantil e estimular a adoção de hábitos alimentares saudáveis. O objetivo do presente estudo foi avaliar o ambiente alimentar, estado nutricional e consumo de alimentos ultraprocessados e fatores associados nas condições de vida de crianças de uma cidade mineira. Trata-se de um estudo misto com abordagem ecológica e transversal quantitativa, realizado com crianças com idades entre seis e 36 meses, acompanhadas pelas unidades de Estratégia de Saúde da Família localizadas na área urbana do município de Lavras, Minas Gerais, Brasil. As variáveis socioeconômicas e antropométricas e do consumo alimentar dos responsáveis e crianças foram coletadas por meio de um questionário estruturado. O estado nutricional das crianças foi avaliado por meio do indicador antropométrico índice massa corporal por idade. O consumo alimentar de alimentos ultraprocessados foi analisado por meio do formulário de marcadores de consumo alimentar proposto pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. As informações do ambiente alimentar de varejo foram obtidas a partir de dados secundários da gestão pública e classificadas como: estabelecimentos que vendem predominantemente alimentos in natura ou minimamente processados, mistos que comercializam alimentos predominantemente ultraprocessados. Os desertos e pântanos alimentares foram identificados, respectivamente, pela densidade de estabelecimentos saudáveis e não saudáveis por habitantes. As variáveis contínuas foram descritas em medidas de tendência central e dispersão, já para as variáveis categóricas foram estimadas as distribuições de frequências. As associações entre as medidas ambientais e a presença do excesso de peso e o consumo alimentar de ultraprocessados foram estimadas por meio de regressão logística binária a partir do modelo de equações de estimativa generalizadas. Foram identificados 817 varejistas de alimentos no município, sendo os varejistas do tipo misto os de maior frequência (58,40%), seguido dos ultraprocessados (28,90%). Os estabelecimentos in natura estiveram em menor número no tercil de renda mais baixo (p=0,01). Os desertos alimentares foram encontrados em 25,00% dos setores censitários, bem como apresentaram um maior número de pessoas que se autodeclararam pretas e/ou pardas (p=0,03) e uma menor renda per capita (p=0,02). Os pântanos alimentares estiveram presentes em 70,31% dos setores censitários. O excesso de peso estava presente em 26,70% (n=55) da amostra. Verificou-se associação direta ao excesso de peso infantil  o consumo de ultraprocessados no dia anterior pela criança [OR: 2,31, IC: 1,05 – 5,08] e a idade da mãe [OR: 2,70 , IC: 1,37 – 5,32]. Os alimentos ultraprocessados estiveram presente na alimentação de 60,18% das crianças, sendo o consumo de bebidas adoçadas o mais prevalente (42,22%).  Residir em setores classificados como pântanos alimentares associou-se ao consumo de Macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados [OR: 2,80; IC: 1,25 – 6,32] e biscoito recheado, doces ou guloseimas [OR: 2,80; IC: 1,08 – 7,21]. Conclui-se que ambiente alimentar desempenha um papel crítico no estado nutricional e consumo alimentar infantil. Dessa forma, com vistas a prevenir os desfechos negativos de saúde relacionados ao excesso de peso e ao consumo de alimentos ultraprocessados, é importante promover ambientes que facilitem as escolhas alimentares saudáveis entre as famílias e crianças, para tanto torna-se necessário a promoção de uma alimentação adequada e saudável, ações de educação alimentar nutricional e políticas que abordem questões de acesso, publicidade e marketing de alimentos não saudáveis.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - WELLINGTON SEGHETO - UFLA (Membro)
Externo à Instituição - NATHALIA LUIZA FERREIRA - UFMG (Suplente)
Externo à Instituição - MILENE CRISTINE PESSOA - UFMG (Membro)
Externo à Instituição - MICHELE PEREIRA NETTO - UFJF (Membro)
Presidente - DANIELA BRAGA LIMA - UNIFAL (Membro)
Interno - CAMILA MARIA DE MELO (Suplente)
Notícia cadastrada em: 15/03/2024 16:35
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