Banca de QUALIFICAÇÃO: SARA GUIMARÃES RIBEIRO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SARA GUIMARÃES RIBEIRO
DATA: 16/12/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Virtual
TÍTULO:

 O discurso da branquitude nas redes sociais: o ethos discursivo e a cenografia no Instagram

PALAVRAS-CHAVES:

Discurso da branquitude. Relações Raciais. Instagram. Ethos discursivo. Cenografia.

PÁGINAS: 81
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Teoria e Análise Lingüística
RESUMO:

A Análise do Discurso, disciplina que tem o discurso como objeto de estudo, possibilita reflexões sobre os sentidos, os sujeitos e a sociedade, entre outras questões, considerando a inscrição histórica desses. Desse modo, esta pesquisa tem como aporte teórico a Análise do Discurso, principalmente nos estudos de Maingueneau (2007, 2015, 2016) e se concentra na temática das relações raciais e na interação virtual dos sujeitos nas redes sociais. Buscou-se problematizar a responsabilidade do grupo racial branco, que ocupa lugar privilegiado na sociedade, na manutenção da ideologia racista e nas desigualdades sociais, sobretudo as raciais. O questionamento deste estudo se dá pela perspectiva discursiva, ou seja, procuramos identificar o discurso da branquitude e suas estratégias para assegurar os privilégios, o poder e outras regalias dos sujeitos brancos. A principal pergunta para o desenvolvimento deste trabalho é de que modo o discurso da branquitude faz perpetuar, tanto simbólica quanto materialmente, o racismo, a supremacia racial branca e todas as desigualdades em torno das relações raciais. O objetivo central é verificar no Instagram, como se constitui o discurso da branquitude, a partir das noções de ethos discursivo e de cenografia. Além disso, procurou-se definir as características do discurso da branquitude, como os sujeitos de identificam e se apresentam enquanto pertencentes ao grupo social branco, utilizando os conceitos de branquitude crítica e branquitude acrítica, a forma como o discurso da branquitude atravessa o discurso das redes sociais e a relação interdiscursiva com outros discursos que sustentam os ideais de manutenção do lugar social que os brancos ocupam. Por meio de análise teórico-metodológica e qualitativa, o recorte selecionado como corpus foi uma postagem de 2019 da atriz Maria Flor, na qual relata sobre o relacionamento interracial que teve com o ator Jonathan Haangensen; além disso, foram selecionados alguns comentários publicados por internautas que interagiram nessa publicação. Os resultados da análise mostraram estratégias discursivas da branquitude para modalizarem as ações racistas, de forma consciente ou não, propagando o discurso da branquitude que se assegura na estrutura social racista. A pesquisa está em desenvolvimento e ainda não há considerações finais a serem apresentadas.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - LUCIANA SOARES DA SILVA (Membro)
Interno - MARCIO ROGERIO DE OLIVEIRA CANO (Membro)
Interno - MARCIA FONSECA DE AMORIM (Suplente)
Externo à Instituição - ROSÂNGELA APARECIDA RIBEIRO CARREIRA - UFG (Suplente)
Externo à Instituição - LOURENÇO C. CARDOSO - UNILAB (Membro)