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Banca de DEFESA: JOÃO FERNANDO CÁ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOÃO FERNANDO CÁ
DATA: 23/03/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Defesa será realizada virtualmente devido pandemia da COVID19
TÍTULO:

 

 

Aspectos linguísticos do guineense: reflexões acerca de uma língua


PALAVRAS-CHAVES:

 

 

Guineense. Contato linguístico. Aspectos fonéticos e morfossintáticos.


PÁGINAS: 112
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

A língua é a marca identitária e cultural importante para seus falantes, registra a história de um povo. O guineense é uma língua que ilustra bem esse aspecto, uma língua proveniente do contato entre português e algumas línguas étnicas da costa oeste africana e desempenha o papel da língua de unidade nacional entre os vários grupos étnicos que compõem a população da Guiné-Bissau. A presente dissertação tem por objetivo descrever os aspectos fonético-fonológicos e morfossintáticos do guineense comparando-os com os do português e de quatro línguas étnicas africanas: pepel, balanta, mandinga e mandjaco. Para realizar este objetivo, o estudo se pautou em gramáticas históricas acerca das mudanças sofridas pelas palavras ao longo do tempo. A partir de uma revisão da literatura dos escassos estudos que descrevem o guineense, apresentam-se aspectos sumários que podem contribuir para a descrição dessa língua e refletir sobre a necessidade de estudos para aprofundar a temática. Para validar alguns dados fonéticos, elaborou-se um instrumento de coleta de dados com base no Questionário Fonético-Fonológico do Projeto ALiB (COMITE NACIONAL DO PROJETO ALiB, 2001). As entrevistas foram feitas com oito informantes falantes do guineense, sendo quatro de ensino superior e quatro com ensino médio concluído. A entrevista foi feita à distância e de duas maneiras: para os informantes com ensino médio completo, foram aplicados os questionários fonético-fonológicos por meio da chamada de vídeo pelo aplicativo WhatsApp, com devidos cuidados a fim de obtenção dos dados o mais fidedignos possíveis; para os do ensino superior, foram elaborados os questionários dos aspectos morfossintáticos e enviados para responderem pelo e-mail. Os resultados apontaram, no concernente aos aspectos fonético-fonológicos e morfossintáticos, para o fato de que o guineense é resultante do processo de transmissão linguística irregular (LUCCHESI; BAXTER, 2009) e, por ser produto de línguas diferentes, está no meio entre essas línguas, ou seja, no que diz respeito à estrutura gramatical, recebe a influência de igual modo do português e línguas da Guiné-Bissau (COUTO, 1996). Igualmente, verificou-se que o guineense moderno difere do antigo, apontando para a obsolência deste em prol daquele. Com efeito, conclui-se, por meio de todas as discussões nesta dissertação, que a base do guineense é o português e que o uso do termo “crioulo” para designar a língua é inadequado por seu caráter estigmatizante.A língua é a marca identitária e cultural importante para seus falantes, registra a história de um povo. O guineense é uma língua que ilustra bem esse aspecto, uma língua proveniente do contato entre português e algumas línguas étnicas da costa oeste africana e desempenha o papel da língua de unidade nacional entre os vários grupos étnicos que compõem a população da Guiné-Bissau. A presente dissertação tem por objetivo descrever os aspectos fonético-fonológicos e morfossintáticos do guineense comparando-os com os do português e de quatro línguas étnicas africanas: pepel, balanta, mandinga e mandjaco. Para realizar este objetivo, o estudo se pautou em gramáticas históricas acerca das mudanças sofridas pelas palavras ao longo do tempo. A partir de uma revisão da literatura dos escassos estudos que descrevem o guineense, apresentam-se aspectos sumários que podem contribuir para a descrição dessa língua e refletir sobre a necessidade de estudos para aprofundar a temática. Para validar alguns dados fonéticos, elaborou-se um instrumento de coleta de dados com base no Questionário Fonético-Fonológico do Projeto ALiB (COMITE NACIONAL DO PROJETO ALiB, 2001). As entrevistas foram feitas com oito informantes falantes do guineense, sendo quatro de ensino superior e quatro com ensino médio concluído. A entrevista foi feita à distância e de duas maneiras: para os informantes com ensino médio completo, foram aplicados os questionários fonético-fonológicos por meio da chamada de vídeo pelo aplicativo WhatsApp, com devidos cuidados a fim de obtenção dos dados o mais fidedignos possíveis; para os do ensino superior, foram elaborados os questionários dos aspectos morfossintáticos e enviados para responderem pelo e-mail. Os resultados apontaram, no concernente aos aspectos fonético-fonológicos e morfossintáticos, para o fato de que o guineense é resultante do processo de transmissão linguística irregular (LUCCHESI; BAXTER, 2009) e, por ser produto de línguas diferentes, está no meio entre essas línguas, ou seja, no que diz respeito à estrutura gramatical, recebe a influência de igual modo do português e línguas da Guiné-Bissau (COUTO, 1996). Igualmente, verificou-se que o guineense moderno difere do antigo, apontando para a obsolência deste em prol daquele. Com efeito, conclui-se, por meio de todas as discussões nesta dissertação, que a base do guineense é o português e que o uso do termo “crioulo” para designar a língua é inadequado por seu caráter estigmatizante.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - GREIZI ALVES DA SILVA - UFT (Suplente)
Interno - MARCIO ROGERIO DE OLIVEIRA CANO (Suplente)
Interno - RAQUEL MARCIA FONTES MARTINS (Membro)
Presidente - VALTER PEREIRA ROMANO - UFSC (Membro)
Externo à Instituição - VANDERCI DE ANDRADE AGUILERA - UEL (Membro)
Notícia cadastrada em: 18/03/2021 18:31
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