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Banca de DEFESA: LUIZ GUILHERME ESTEVES DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUIZ GUILHERME ESTEVES DA SILVA
DATA: 24/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Sala Virtual
TÍTULO:

A HISTORICIDADE E A COMPETÊNCIA DISCURSIVA: AS CONTRADIÇÕES DA VIOLÊNCIA NO DISCURSO RELIGIOSO


PALAVRAS-CHAVES:

Discurso da Violência. Contradição. Competência Discursiva. Condições de Produção. Historicidade.


PÁGINAS: 107
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Teoria e Análise Lingüística
RESUMO:

O trabalho que apresentamos insere-se na Análise do Discurso em uma perspectiva enunciativa e ancora-se, principalmente, nas discussões de Dominique Maingueneau (2008; 2010; 2015), sendo fruto de pesquisas que se encontram nos estudos do Grupo de Pesquisa Leitura e Produção de Discursos (GPLPD-UFLA). Diante de uma sociedade permeada por situações violentas, tanto no que concerne aos atos quanto às formas mais sutis, como ataques verbais motivados por descriminações, constroem-se maneiras de combate e atenuação dessa mesma violência. Assim, a constituição do discurso da violência passa por um caminho contraditório, pois ao mesmo tempo em que os sujeitos se empenham em opor-se à violência, eles são, em vários aspectos, produtores dela. Baseamo-nos na afirmação de que todo discurso possui uma competência discursiva, como propõe Maingueneau (2008), e que dentro dela há um conjunto de semas que o possibilitam e que designam também os seus contrários. Desse modo, objetivamos analisar como o discurso da violência se apresenta de maneira contraditória. Ademais, a forma como o discurso se estrutura tem por base a sua historicidade, os moldes sociais e psicológicos que o sustentam no decorrer do tempo. Nesse viés, nos embasamos nos estudos das condições sócio-históricas de produção dos discursos (CP), levando em consideração os trabalhos de Orlandi (2015) e Courtine (2014). Além disso, faz-se necessário apresentar uma discussão sobre o modo como o sujeito se constitui e produz o seu dizer determinados pela competência discursiva e pelas condições sócio-históricas de sua produção. Nesse sentido, Orlandi (2015) também nos servirá de base para compreender como se dá a constituição dos posicionamentos e dos efeitos de sentido que emergem dos enunciados proferidos pelo sujeito discursivo. Além dos teóricos supracitados, nos pautamos em Muchembled (2012), Michaud (1989), Odália (2012), Bourdieu (1989; 2020), entre outros, para a abordagem da violência. O corpus constituído se insere no campo discursivo religioso e é proveniente de duas postagens da rede social Facebook. A primeira é do bispo e presidente da CNBB, Dom Walmor Azevedo, e a segunda é da ONG “Católicas pelo Direito de Decidir”. Os enunciados eleitos tratam sobre o caso de estupro sofrido por uma criança de dez anos e do consequente aborto legal. Adotamos uma metodologia de análise qualitativa para que seja possível aplicar o referencial teórico ao corpus eleito. Como resultados, reconhecemos que a maneira como os enunciados são construídos podem conceber um discurso de violência que se orienta por marcas de historicidade que são perceptíveis por meio das CP. Isso, aliado à competência discursiva, permite observar como é possível que um dizer se materialize de maneira contraditória, tanto em um enunciado proferido por um único sujeito quanto por sujeitos diferentes que circulam dentro de uma mesma formação e campo discursivo.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - RAQUEL MARCIA FONTES MARTINS (Suplente)
Externo à Instituição - RAMON SILVA CHAVES - PUC - SP (Suplente)
Presidente - MARCIO ROGERIO DE OLIVEIRA CANO (Membro)
Interno - LUCIANA SOARES DA SILVA (Membro)
Externo à Instituição - JARBAS VARGAS NASCIMENTO - PUC - SP (Membro)
Notícia cadastrada em: 16/08/2021 17:21
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