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Banca de DEFESA: ÉBERTON LOPES DE AGUINO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ÉBERTON LOPES DE AGUINO
DATA: 16/03/2023
HORA: 16:30
LOCAL: Sala virtual do Google Meet
TÍTULO:

O discurso negacionista contemporâneo no campo político


PALAVRAS-CHAVES:

Discurso. Negacionismo. Historicidade. Paratopia. 


PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Teoria e Análise Lingüística
RESUMO:

A crise global causada pela pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19) provocou milhões de mortos no mundo todo e criou uma ruptura no funcionamento da sociedade contemporânea, especialmente ligada ao campo científico, político e midiático. Nesse momento de crise, houve o aumento de Fake News e de bolhas sociais que propiciaram a ausência de interpretação de discursos e levaram uma parte das pessoas a acreditar em tudo que ouve e/ou lê. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo analisar e compreender o discurso dito negacionista por uma autoridade brasileira durante a pandemia em 2020 e como ele se constituiu. Nesse cenário, o papel e a fala do presidente da república nessa crise são de extrema importância para informar a população. Assim, a presente pesquisa foi desenvolvida a partir de um discurso proferido no pronunciamento durante a pandemia de Covid-19, especificamente no início de 2020, pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, transmitido pela televisão aberta e publicado em sites. Nesse sentido, com base na análise desse pronunciamento, enfatiza-se o papel do discurso político do ex-presidente Bolsonaro e da priorização, por exemplo, da economia em detrimento da ciência. O trabalho debruça-se nesse discurso e argumenta que Bolsonaro subestimou a gravidade da pandemia e aproveitou dessa “desinformação” para usá-la como estratégia política. Essas questões destacam como o papel desse líder político “minou” à ciência e trouxe à tona o discurso negacionista, por isso, inclusive, esta pesquisa mostra-se relevante. Ademais, o trabalho apoia-se numa análise teórico-analítica por intermédio das referências e das discussões feitas por autores como Pechêux (2014), Courtine (2014), Maingueneau (2010, 2015) e Eni Orlandi (2005) com o conceito de condições de produção (historicidade) e com o de sujeito; Maingueneau (2006, 2015) com o de lugares de discurso (paratopia) e Jesus (2006) e Fancelli (2021) com o recorte do negacionismo. Como conclusão dessa análise, compreendemos que no interior do pronunciamento de Bolsonaro o discurso negacionista emerge a partir de estratégias negacionistas, que se afastam do discurso científico e nos leva também a compreender melhor a noção de negacionismo e diferenciá-la de um processo mais próximo ao simples ato de negar, o que implica em um discurso muitas vezes sem argumentação.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DANIEL MAZZARO VILAR DE ALMEIDA - UFU (Membro)
Externo à Instituição - ROSÂNGELA APARECIDA RIBEIRO CARREIRA - UFG (Suplente)
Presidente - MARCIO ROGERIO DE OLIVEIRA CANO (Membro)
Interno - MARCIA FONSECA DE AMORIM (Suplente)
Interno - LUCIANA SOARES DA SILVA (Membro)
Notícia cadastrada em: 08/03/2023 15:23
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