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Banca de QUALIFICAÇÃO: ÁLBANY ÁRCEGA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ÁLBANY ÁRCEGA
DATA: 25/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: on line
TÍTULO:

IMPACTOS SOCIO-ECONÔMICOS DA UTILIZAÇÃO DA ILP NA AGRICULTURA FAMILIAR NO TRIÂNGULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBA


PALAVRAS-CHAVES:

Integração; ILP; Sustentabilidade;


PÁGINAS: 19
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
SUBÁREA: Produção Animal
RESUMO:

Em 2021 as emissões do setor agropecuário foram as mais altas da série histórica: 601 milhões de toneladas de CO2 equivalente (GWP AR5), um aumento de 3,8% em relação a 2020 (579 milhões de toneladas). É o maior incremento percentual desde 2004 (aumento de 4,1%) e representa emissões maiores que as da África do Sul. Desde 1970, as emissões do setor agropecuário saltaram 182% sendo que a pecuária, em especial a fermentação entérica, foi a principal fonte de emissões, com 79,4% do total — 477 milhões de toneladas CO2e —, e também a principal causa do aumento registrado no setor (AZEVEDO et al 2023). O efeito das emissões de GEE do setor agrícola resulta em alterações climáticas, afetando diretamente o próprio setor, os demais agentes da economia e o meio ambiente. No entanto, dois aspectos se destacam no quesito sustentabilidade da produção agropecuária: a degradação das pastagens e o uso do solo com a agricultura tradicional, com preparo contínuo do solo.

No Brasil são destinados para pastejo 159 milhões de hectares, destes, aproximadamente 66 milhões estão em estado de degradação intermediária e 35 milhões em situação de degradação severa. Ou seja, do total da área de pastagem do País, 63,5% estão com sinais de degradação (MAPS BIOMA, 2022).  Minas Gerais possui uma área de pastagem de 25.893.018 ha, esse componente responde por aproximadamente 44% da área do estado, o que demonstra à importância estratégica da recuperação e preservação dessa área no que tange tanto a mitigação das emissões de GEE, quanto a diminuição dos custos de produção da pecuária, que tem nas pastagens sua principal estratégia de alimentação do rebanho.

            Para atingir tais objetivos, uma alternativa que nos últimos anos tem-se destacado é o uso de sistemas de integração que incorporam atividades de produção agrícola, pecuária e/ou florestal, em dimensão espacial e/ou temporal, buscando efeitos sinérgicos entre os componentes do agroecossistema para a sustentabilidade da unidade de produção, contemplando sua adequação ambiental e a valorização do capital natural (BALBINO et al., 2011).

            No Cerrado, várias tecnologias de integração lavoura e pecuária estão dimensionadas de acordo com o perfil e os objetivos de exploração da propriedade. A adoção desses sistemas dependerá das peculiaridades regionais e da propriedade, condições de clima e de solo, infraestrutura e expertise do produtor na adoção da tecnologia mais adequada a sua realidade.

            Produtores de vanguarda, que são ainda minoria, têm buscado a renovação e manutenção das pastagens com a adoção de sistemas de integração, especialmente integração lavoura pecuária (ILP) e integração lavoura pecuária floreta (ILPF). Em tais sistemas, a introdução de lavouras não é eventual, mas sim um componente estratégico de sistemas de produção de carne, leite, grãos, fibras, energia e serviços ambientais, que interagem e se complementam.

            O Sistema de Integração Lavoura Pecuária é um sistema de produção que integra o componente agrícola e pecuário na mesma área e em um mesmo ano agrícola. Esse sistema é uma alternativa que apresenta vantagens econômicas por potencializar a área produtiva e ambientais pela recuperação de áreas degradadas, podendo ser utilizada para a reforma, renovação ou a recuperação de pastagens. Nesse contexto, o Sistema de Integração Lavoura Pecuária se apresenta como alternativa para viabilizar a exploração sustentável do bioma Cerrado, visto que além de propiciar a recuperação de áreas degradadas, promovem a manutenção dos parâmetros produtivos do solo, reduzem os riscos de erosão e diversificam a produção agropecuária da propriedade. Outro fator a ser considerado é a possibilidade de renovação as pastagens com maior agilidade, diluindo os custos entre a reforma e a produção de grãos ou silagem, propiciando em muitos casos uma alternativa viável para manutenção do rebanho no período de escassez de volumoso.

            Desta forma, considerando as condições edafoclimáticas da região, a relevância da atividade de bovinocultura para os produtores do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, e a possibilidade de  reversão do quadro de degradação das áreas de pastagem em vigência foi proposta uma parceira público-privada entre a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu – ABCZ, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais – EMATER, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – EPAMIG e empresas da iniciativa privada como a Mosaic e Agronelli  com o intuito de fomentar a reforma e recuperação de pastagens através de tecnologias sustentáveis.

            Tal parceira foi concebida através de um Programa denominado IntegraZebu, no qual foi contemplado a da assistência técnica aos produtores mobilizados para adoção das tecnologias sustentáveis de recuperação de pastagem, e a disponibilização de fomento em insumos para implantação das mesmas nas denominada Unidade de Referência Tecnólogicas.

            O objetivo deste projeto é a mensuração do impacto econômico, social e ambiental da adoção do ILP nas propriedades relacionadas no Programa IntegraZebu e assim justificar a metodologia adotada no sentido de fortalecer a parceria público-privada como estratégia de mitigação dos GEE para a Agricultura Familiar


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - MARCIO MACHADO LADEIRA (Membro)
Externo ao Programa - LUCAS AMARAL DE MELO - DCF/ESAL (Membro)
Externo à Instituição - KAROLINA BATISTA NASCIMENTO - UFLA (Suplente)
Interno - ERICK DARLISSON BATISTA (Suplente)
Interno - DANIEL RUME CASAGRANDE (Membro)
Notícia cadastrada em: 11/03/2024 08:18
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