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Banca de DEFESA: DELANE PATEZ PORTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DELANE PATEZ PORTO
DATA: 23/01/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Anfiteatro DEN
TÍTULO:

POTENCIAL DE CRISOPÍDEOS COMO PREDADORES DO PSILÍDEO-DE-CONCHA Glycaspis brimblecombei (Hemiptera: Aphalaridae) EM EUCALIPTO


PALAVRAS-CHAVES:

Controle Biológico. Crisopídeos. Eucalipto. Pragas florestais. Glycaspis brimblecombei.


PÁGINAS: 62
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
RESUMO:

A produtividade dos cultivos de eucalipto é seriamente ameaçada por diversas pragas nativas e exóticas, dentre as quais ressalta-se o psilídeo-de-concha, Glycaspis brimblecombei, que tem causado enormes perdas em sistemas florestais. No Brasil, é comum a ocorrência de crisopídeos em plantios de eucalipto, porém, pouco se sabe sobre aspectos bioecológicos e comportamentais desses predadores associados ao psilídeo-de-concha. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento predatório de duas espécies de crisopídeos abundantes e frequentes nesses cultivos, bem como a capacidade predatória, resposta funcional e biologia de uma delas, quando disponibilizados ovos e cada um dos estádios de desenvolvimento do psilídeo. O comportamento foi estudado para o 1º, 2º e 3º instares de Chrysoperla externa, cuja larva é nua, e de Ceraeochrysa cubana, cuja larva é lixeira, por meio do monitoramento com o uso o do software BORIS. Esse estudo foi realizado quando expostos a ovos e a ninfas de 1°, 2º e 3°, e 4° e 5° instar do psilídeo-de-concha, mantidos a 25±1°C, UR de 70±10% e fotofase de 12h. A capacidade predatória, biologia e resposta funcional foram estudadas para C. externa alimentada com ovos e ninfas de Glycaspis brimblecombei e com ovos de Ephestia kuehniella como controle. O estudo da capacidade predatória foi conduzido com larvas de 2º e 3º instares de C. externa supridas com ninfas de 2º e 3º instares do psilídeo-de-concha ofertadas em folhas de eucalipto naturalmente infestadas. Contabilizaram-se as ninfas antes e após o tempo de exposição às larvas do predador.  Para a biologia, larvas recém-eclodidas foram transferidas para recipientes contendo folhas de eucalipto infestadas naturalmente com ovos e ninfas de G. brimblecombei. A duração dos instares e fases do desenvolvimento do predador foram acompanhados até a emergência dos adultos. Ambos os experimentos foram realizados em temperatura ambiente (~26 °C) e fotofase de ~12 horas. Para a resposta funcional, utilizaram-se larvas de 3º instar, com 24 horas após a ecdise, supridas com ovos de G. brimblecombei, nas densidades de 1, 2, 4, 8, 16 e 32 ovos por larva do predador. Esse experimento foi realizado a 25±1°C, UR de 70±10% e fotofase de 12 h.  As análises foram feitas através do software RStudio. Aplicou-se Modelos Lineares Generalizados Mistos, utilizou a análise de variância seguida do teste de Tukey, quando necessário. Verificou-se que C. externa e C. cubana, em seus diferentes instares, apresentam parâmetros comportamentais diferentes e ambas conseguem se alimentar de ovos e de ninfas nos instares iniciais (1º, e 2º e 3°) do psilídeo-de-concha.  O ciclo de vida de C. externa supridas com ovos e ninfas do psilídeo-de-concha mostrou que o psilídeo constitui-se em recurso alimentar adequado para esse crisopídeo, proporcionando completo desenvolvimento e viabilidade das fases imaturas, bem como a manutenção da razão sexual. Larvas de terceiro instar de C. externa são eficazes no controle de ovos e ninfas de 1°, 2° e 3° instar do psilídeo-de-concha, especialmente em densidades mais baixas da praga. De uma forma geral, os resultados obtidos na presente investigação apontam C. externa como uma opção de agente biológico para o controle de ovos e instares iniciais de G. brimblecombei nos cultivos de eucalipto. Contudo, este estudo mostrou que C. cubana poderá ser incluído como um potencial agente para o controle do psilídeo. Pesquisas em campo, envolvendo esses predadores associados ao psilídeo-de-concha, deverão ser realizadas para confirmação da efetividade desses agentes de controle biológico.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - RENILDO ISMAEL FÉLIX DA COSTA - IFNMG (Membro)
Externo à Instituição - LEDA GONCALVES FERNANDES - IFSM (Suplente)
Externo à Instituição - JANET ALFONSO SIMONETTI - UNIVERITAS (Suplente)
Interno - BRUNO HENRIQUE SARDINHA DE SOUZA (Membro)
Presidente - BRIGIDA DE SOUZA (Membro)
Notícia cadastrada em: 19/01/2023 09:54
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