Monitoramento remoto de formigas cortadeiras com radar em plantios de eucalipto em larga escala aplicado a big data espacial com o uso de computação em nuvem
Monitoramento florestal. Pragas florestais. Processamento em nuvem. Radar de abertura sintética. Sensoriamento remoto. Silvicultura de precisão.
O Brasil é um dos maiores produtores de polpa de celulose e papel do mundo e tem mais de 7 milhões de hectares de florestas de eucalipto para suprir essa produção. As formigas cortadeiras são um dos maiores problemas na produção dessas florestas, pois desfolham as plantas e reduzem a sua capacidade fotossintética. O controle dessas pragas deve ser precedido pelo monitoramento das suas populações para reduzir o custo e a quantidade de inseticida aplicada, mas os métodos de amostragem atualmente empregados necessitam de muita mão de obra e tempo, justificando o desenvolvimento de novas metodologias de monitoramento de formigas cortadeiras, mais rápidas, precisas e com menor custo. Imagens de sensores remotos são muito utilizadas atualmente no monitoramento de diferentes pragas na agricultura e florestas em todo o mundo, mas não para as formigas cortadeiras. Porém, as desfolhas causadas por essas formigas alteram a estrutura e a refletividade das plantas, permitindo a identificação das injúrias dessas formigas por meio dessas imagens. O objetivo deste projeto será o desenvolvimento de um processo operacional para o monitoramento espacial de formigas cortadeiras com radar em larga escala com o uso de técnicas de aprendizado de máquina ou machine learning (ML) aplicadas a um big data constituído por imagens de satélite Sentinel-1 com o emprego de máquinas virtuais (VM) em ambiente de nuvem. O desenvolvimento dessa nova ferramenta tecnológica aplicada ao manejo integrado de pragas permitirá a antecipação do processo de tomada de decisão para estes insetos-praga, redundando em redução de perdas na produção, custos de controle e impactos ambientais. Além disso, a solução proposta se encontra alinhada as atuais demandas de minimização do emprego de substâncias químicas, requeridas por órgãos certificadores ambientais Forest Stewardship Council (FSC), Programa Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor) e organizações intergovernamentais, como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (Food and Agriculture Organization of the United Nations - FAO).