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Banca de DEFESA: MARIA EMILIA FARIA SEABRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA EMILIA FARIA SEABRA
DATA: 14/12/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Anfiteatro do DEX
TÍTULO:

PROBLEMATIZANDO O ESTUDO DA COSMOLOGIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA: POR QUE A NOITE É ESCURA?


PALAVRAS-CHAVES:

Ensino de Física, Ensino de cosmologia, Paradoxo de Olbers, História e Filosofia da Ciência


PÁGINAS: 122
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Física
RESUMO:

Neste trabalho, criamos uma sequência didática sobre o ensino de cosmologia e investigamos seu desenvolvimento com estudantes do primeiro ano do ensino médio, de uma escola da rede particular da cidade de Lavras. A sequência é composta de oito atividades, totalizando onze aulas. O foco dos episódios históricos estudados foi a questão: Por que o céu, com infinitas estrelas, não é claro a noite? que ficou conhecida como Paradoxo de Olbers. No contexto da época de Olbers, acreditava se que o universo e o número de estrelas eram infinitos, mas isso é contrário ao que é observado, uma noite escura ao invés de ser totalmente clara. Este paradoxo ao longo dos séculos apresentou várias tentativas de soluções, algumas das quais citaremos. O objetivo geral da pesquisa foi analisar como o conhecimento destes episódios da história da cosmologia, pode desvincular os estudantes de certas visões ingênuas da ciência, tais como visões fechadas da ciência como verdade absoluta, dos cientistas como gênios isolados, que fazem uso de um método científico rígido e bem definido. Essas visões são assim chamadas, pois distanciam o estudante da forma como se constroem e produzem os conhecimentos científicos. Os episódios escolhidos evidenciam o processo histórico de construção de teorias, abordando como a questão do Paradoxo de Olbers foi investigada desde o Renascimento até o século XX, quando foi explicada pela teoria do Big Bang,que atualmente é a mais aceita para explicar o surgimento do universo. A estrutura das atividades foi inspirada na problematização e dialogicidade, que são centrais nos três momentos pedagógicos, uma transposição da concepção de Paulo Freire para a educação escolar. Buscamos enfatizar estratégias de ensino diversificadas, como: uso de vídeos, elaboração de desenhos, interpretação de textos e debates sobre os temas relacionados. Através da análise dos dados coletados, foi possível verificar que os estudantes conseguiram identificar que para se chegar a uma teoria, o processo é longo, cheio de erros e acertos de muitas pessoas, o que implica que o homem sempre teve sucessos e fracassos na busca de compreender a natureza. Durante esse processo muitos nomes são deixados de lado, mesmo que tenham sido relevantes na elaboração de uma teoria, surgindo desta forma estereótipos que levam a crer na genialidade única de certos cientistas. Além disso, também foi possível identificar uma descrença relacionada ao método científico, um ponto que a à priori todos os estudantes associaram com o desenvolvimento da ciência. Acreditamos que uma abordagem com aspectos da história e filosofia a ciência  (HFC) ajuda a formar cidadãos críticos e integrados com o mundo e a realidade que vivem.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ALEXANDRE BAGDONAS HENRIQUE
Externo ao Programa - JACQUELINE MAGALHAES ALVES - DED
Externo à Instituição - CASSIANO REZENDE PAGLIARINI - UFOP
Notícia cadastrada em: 18/12/2018 16:28
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