O Corpo como possibilidade de diálogo entre Educação Ambiental Crítica e Educação Física a partir da obra "Os Saltimbancos
Educação Ambiental Crítica, Educação Física, Corpo
Este trabalho busca compreender se é possível o Corpo estabelecer diálogo entre Educação Ambiental Crítica e Educação Física, a partir da obra “Os Saltimbancos” de Chico Buarque (1977). Para isso, este trabalho apresenta dois artigos que foram elaborados na tentativa de estabelecer este diálogo e têm como principal referencial teórico-metodológico o Materialismo Histórico e Dialético. No primeiro artigo, embasados pela Pedagogia Histórico Crítica, fizemos um estudo teórico a respeito da “construção” de Corpo ao longo da história humana, tomando-o como conteúdo na tentativa de estabelecer um diálogo entre a Educação Física e a Educação Ambiental Crítica. Concluímos que o Corpo pode estabelecer este diálogo, pois é a síntese dialética de nossa humanidade, já que carrega em si nossas características biológicas e culturais. No segundo artigo, embasados pela teoria do Círculo de Bakhtin, analisamos os dados coletados em reuniões de grupos de discussão onde aconteceu um ato educativo a partir de “Os Saltimbancos” junto a um Grupo de Estudos em Educação Ambiental Crítica. Junto à análise, descrevemos a importância e possíveis contribuições da Arte para a Educação de forma multidisciplinar, tendo em vista que se configura como um conteúdo da Cultura, e que pode contribuir com a Formação de Professores e Educadores Ambientais. Na análise da obra e das reuniões, suscitaram três enunciados, a saber: I – Os Corpos Orgânico e Inorgânico são explorados no Trabalho do Sistema Capitalista; II – Corpo como limitador de acesso à Cultura (Material e Imaterial): a nova Cerca do Capital; III – Virtualização da relação dos Seres Humanos com e no Ambiente. As discussões sobre o Corpo acerca dos enunciados suscitados contemplam esta possibilidade de formação, contribuindo com a compreensão das relações da Sociedade com e no Ambiente, e que pode contribuir com o processo de formação de sujeitos críticos e que possam pensar e construir um outro modelo de sociedade para além do Capitalismo. Sendo assim, concluímos que é possível o Corpo estabelecer um profícuo diálogo entre as áreas de Educação Ambiental Crítica e Educação Física